Professor Luizinho é o novo líder na Câmara
Apr
06 2004
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Valor Econômico
Valor Econômico, 06/04/2004
Professor Luizinho é o novo líder na Câmara
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem a seus aliados que o
deputado Professor Luizinho (PT-SP) será o novo líder do governo na Câmara.
Lula aproveitou a ocasião para assegurar aos aliados que os ministros terão
uma agenda específica para atendê-los e que fará reuniões regulares com
presidentes de partidos para definir a agenda de votações. O presidente
ressaltou a importância de unidade da base. O presidente da Câmara, João
Paulo Cunha, participou da reunião.
A escolha do novo líder pode produzir algumas rusgas políticas no próprio PT
e entre parlamentares de outros partidos aliados. O PSB defendia a tese de
que o líder não deveria ser do PT. Parlamentares da esquerda petista
consideraram indelicado não ter havido uma comunicação à bancada sobre a
escolha do líder. Além disso, o Professor Luizinho é considerado um
parlamentar da tropa de choque do governo, ou seja, por vezes seus gestos
e atitudes em defesa do Executivo são considerados truculentos, o que faz
com que ele seja visto com algumas ressalvas até por correligionários. O
presidente brincou que agora vou saber ouvir mais e conversar um pouco mais.
Como dizem os deputados José Borba (PMDB) e Sandro Mabel (PL): ser menos
trator e mais negociador, definiu o próprio Luizinho.
Além de ter a difícil tarefa de conduzir o debate sobre o reajuste do
salário mínimo, Luizinho será crucial no papel de líder para garantir a
votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que permite a reeleição
dos presidentes da Câmara e do Senado. A discussão sobre o mínimo, disse
Luizinho, será feita no tempo e na hora certa, mas certamente o reajuste
estará acima da inflação.
Compreendíamos que para tirar a presença excessiva do PT na imagem do
governo era importante que fosse escolhido um líder de outro partido.
Naturalmente vamos apoiar o Luizinho, mas ficaremos frustrados porque
achamos que essa não é a melhor posição do governo, explicou o líder do
PSB, Renato Casagrande (ES). O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS),
vice-líder do governo, tinha a expectativa de ser escolhido por Lula, mas
afirmou que continuará trabalhando com o mesmo entusiasmo e solidariedade.
A oposição admite que já teve vários atritos com Luizinho, mas não considera
isso um problema para futuras negociações. A escolha é de inteira
responsabilidade do presidente e a oposição tem que se relacionar com
qualquer deputado, sem preconceitos ou preferências. O Professor Luizinho é
um deputado combativo e trabalhador, disse o líder do PFL, José Carlos
Aleluia (BA).
A reunião com líderes da base foi convocada às pressas. O governo corre
contra o tempo para avançar em algumas votações importantes. A reforma
sindical já divide os aliados. Além desse tema, outros assuntos considerados
prioritários são a reforma do Judiciário e do Ministério Público, a
redefinição do modelo de funcionamento das agências reguladoras, a conclusão
das reformas da Previdência e tributária, a Lei de Falências e o projeto de
Parceria Público-Privada.
Professor Luizinho é o novo líder na Câmara
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem a seus aliados que o
deputado Professor Luizinho (PT-SP) será o novo líder do governo na Câmara.
Lula aproveitou a ocasião para assegurar aos aliados que os ministros terão
uma agenda específica para atendê-los e que fará reuniões regulares com
presidentes de partidos para definir a agenda de votações. O presidente
ressaltou a importância de unidade da base. O presidente da Câmara, João
Paulo Cunha, participou da reunião.
A escolha do novo líder pode produzir algumas rusgas políticas no próprio PT
e entre parlamentares de outros partidos aliados. O PSB defendia a tese de
que o líder não deveria ser do PT. Parlamentares da esquerda petista
consideraram indelicado não ter havido uma comunicação à bancada sobre a
escolha do líder. Além disso, o Professor Luizinho é considerado um
parlamentar da tropa de choque do governo, ou seja, por vezes seus gestos
e atitudes em defesa do Executivo são considerados truculentos, o que faz
com que ele seja visto com algumas ressalvas até por correligionários. O
presidente brincou que agora vou saber ouvir mais e conversar um pouco mais.
Como dizem os deputados José Borba (PMDB) e Sandro Mabel (PL): ser menos
trator e mais negociador, definiu o próprio Luizinho.
Além de ter a difícil tarefa de conduzir o debate sobre o reajuste do
salário mínimo, Luizinho será crucial no papel de líder para garantir a
votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que permite a reeleição
dos presidentes da Câmara e do Senado. A discussão sobre o mínimo, disse
Luizinho, será feita no tempo e na hora certa, mas certamente o reajuste
estará acima da inflação.
Compreendíamos que para tirar a presença excessiva do PT na imagem do
governo era importante que fosse escolhido um líder de outro partido.
Naturalmente vamos apoiar o Luizinho, mas ficaremos frustrados porque
achamos que essa não é a melhor posição do governo, explicou o líder do
PSB, Renato Casagrande (ES). O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS),
vice-líder do governo, tinha a expectativa de ser escolhido por Lula, mas
afirmou que continuará trabalhando com o mesmo entusiasmo e solidariedade.
A oposição admite que já teve vários atritos com Luizinho, mas não considera
isso um problema para futuras negociações. A escolha é de inteira
responsabilidade do presidente e a oposição tem que se relacionar com
qualquer deputado, sem preconceitos ou preferências. O Professor Luizinho é
um deputado combativo e trabalhador, disse o líder do PFL, José Carlos
Aleluia (BA).
A reunião com líderes da base foi convocada às pressas. O governo corre
contra o tempo para avançar em algumas votações importantes. A reforma
sindical já divide os aliados. Além desse tema, outros assuntos considerados
prioritários são a reforma do Judiciário e do Ministério Público, a
redefinição do modelo de funcionamento das agências reguladoras, a conclusão
das reformas da Previdência e tributária, a Lei de Falências e o projeto de
Parceria Público-Privada.