PEC da Previdência ainda não tem consenso

May 13 2004
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Agência Câmara

Agência Câmara, 13/05/2004

PEC da Previdência ainda não tem consenso

Brasília, 13 – A Câmara adiou para a próxima semana a votação da PEC Paralela – proposta de emenda à constituição elaborada pelo Senado que complementa a Reforma da Previdência. Segundo o vice-líder do Governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), ainda há dúvidas entre os líderes da base aliada ao Governo e o clima não é o ideal para se votar.


Entre os pontos de divergência, ele cita o subteto para servidores públicos nos estados e municípios. Falta ainda definir se os salários dos delegados de polícia, do fisco e dos advogados estaduais terão como limite o vencimento dos governadores ou o dos desembargadores, que recebem R$ 17.225.

O relator da PEC Paralela, José Pimentel (PT-CE), explica que a vinculação dos salários ao dos desembargadores de Justiça causaria grande impacto orçamentário para os estados. Não houve acordo com os governadores sobre a vinculação das remunerações à dos desembargadores de Justiça. Por conta disso, o Colégio de Líderes preferiu deixar a votação para a próxima
semana, afirmou.


Pimentel informou que os líderes decidiram que não haverá mais piso para os prefeitos de capitais. A remuneração, segundo ele, será fixada pelas câmaras de vereadores.

No caso dos governadores, os salários não poderão ser inferiores a 50% do que recebem os ministros do Supremo Tribunal Federal, o que representa R$ 9.557. O limite máximo é de 90,25% do salário dos ministros do Supremo, ou R$ 19.100.

A decisão de adiar a votação da PEC Paralela da Previdência foi tomada após uma reunião de líderes da base do governo no Congresso, que aconteceu na liderança do Governo na Câmara.

As informações são da Agência Câmara.