Reunidos em plenária estadual promovida pelo PSB, ontem, na Assembléia Legislativa, representantes da CUT, Força Sindical, CAT, federações e sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais definiram uma proposta de reajuste de 19,53% no piso salarial regional para 2005. Com isso, a menor faixa salarial no estado passaria dos atuais R$ 338,00 para R$ 404,00.
Mais de 20 entidades sindicais participaram do debate e assinaram o documento, que será entregue ao governador Germano Rigotto nos próximos dias. O critério de aumento defendido pelos sindicalistas é o aumento do salário mínimo nacional (15,38%) acrescido do PIB gaúcho em 2004 (3,6% conforme a FEE). Os trabalhadores reivindicam ainda a definição na legislação de uma política permanente de reajuste anual para o piso estadual e repúdio a qualquer índice que seja inferior ao aplicado no salário mínimo nacional.
O líder da bancada do PSB, deputado Heitor Schuch, lembra que os critérios de reposição utilizados desde a criação do piso, em 2001, sempre foram a inflação medida pelo INPC/IBGE mais o PIB. No ano passado, porém, o governo do estado limitou-se à garantia da inflação e ignorou o crescimento da economia gaúcha. “Por isso, neste ano, defendemos a reposição das perdas, o que, somando à inflação de 6,28%, ao PIB de 3,6%, garante um aumento mínimo de 15% ao piso”, explica o parlamentar, lembrando ainda que o piso regional serve de referência para mais de 1,7 milhão de trabalhadores gaúchos da iniciativa privada.
