Fora do plenário, canto, pintura e tênis
Mar
27 2005
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- Posted by: Ass. Imprensa
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Folha de S. Paulo
Folha de S. Paulo, 27/03/2005
Fora do plenário, canto, pintura e tênis
SEM PALETÓ
Nas horas vagas, parlamentares se dedicam a hobbies como jiu-jítsu, trilhas, poesia e cavalos
Nas horas vagas, parlamentares se dedicam a hobbies como jiu-jítsu, trilhas, poesia e cavalos
Não é só de terno e gravata e de negociações no Congresso que vive um parlamentar. Deputados e senadores têm buscado expandir suas atividades para além da praça dos Três Poderes.
É o combate ao estresse em tempos de reboliço no Congresso, argumentam, ainda que a maioria deles fique em Brasília apenas três dias por semana.
As caminhadas e corridas têm dado lugar a hobbies e atividades mais mais variadas, como jiu-jítsu, canto lírico, caratê e até poesia e produção de vinhos.
Quem vê o deputado federal Roberto Jefferson (RJ), presidente nacional do PTB, no dia-a-dia do Congresso, não imagina que pela manhã ele se dedica a uma hora de aula de canto lírico.
Jefferson conta que, depois de ter realizado uma operação para emagrecer, "recuperou a auto-estima" e resolveu trocar as aulas de tiro ao alvo pelas de música.
"A minha aula é sagrada. Todas as minhas ansiedades eu esvazio cantando", diz o barítono Jefferson, que já fez apresentação para Lula em jantar na sua casa.
Animado, Jefferson diz que o mais difícil foi aprender a controlar a respiração. Inspira e expira com as mãos no abdômen, mostrando como é que se faz.
Acompanhado por uma professora de canto e uma pianista, começa a cantar "Caçador de mim" e, depois, "Con te partiro".
Durante as aulas, o deputado solta a voz sem se preocupar com os vizinhos: é o único morador de um prédio funcional.
Valdemar Costa Neto (SP), presidente do PL, dá uma escapada do Congresso no almoço para praticar tênis.
"É bom que nem como depois. Já saio do jogo sem fome", diz o deputado, que já operou os dois joelhos por causa do esporte. "Depois dos 50, se você levantar e não sentir nenhuma dor, é porque está morto."
O parlamentar não gosta de jogar com políticos e prefere jogadores mais novos. "Tem de ter o mesmo ritmo que você, senão fica chato, o jogo", completa.
Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL) gosta das trilhas com moto. "Já passei dois dias em cima de uma numa expedição que fizemos pelo rio São Francisco", afirma. Tem duas: uma Honda, "que sobe até coqueiro", e uma Harley Davidson. "Quando estou em Brasília, meu único lazer é sair para jantar", completa.
O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) prefere os cavalos, que cria. "Tem um que chama "Deputado". Mas, depois que comprei, descobri que ele não era muito bom", brinca.
Quando têm tempo, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) veste o quimono e pratica jiu-jitsu.
Um pouco menos beligerantes são o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) e o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).
Quase um multiartista, Suassuna pinta e escreve poemas. Já publicou três livros: "Desafios", "Ousadia" e "Desenhos e Poesia". Albuquerque prefere o cultivo de vinhos. Tem uma vinícola em seu Estado e já produziu 10 mil garrafas do Fra Bartolomeu, em 2004, só por hobby.
É o combate ao estresse em tempos de reboliço no Congresso, argumentam, ainda que a maioria deles fique em Brasília apenas três dias por semana.
As caminhadas e corridas têm dado lugar a hobbies e atividades mais mais variadas, como jiu-jítsu, canto lírico, caratê e até poesia e produção de vinhos.
Quem vê o deputado federal Roberto Jefferson (RJ), presidente nacional do PTB, no dia-a-dia do Congresso, não imagina que pela manhã ele se dedica a uma hora de aula de canto lírico.
Jefferson conta que, depois de ter realizado uma operação para emagrecer, "recuperou a auto-estima" e resolveu trocar as aulas de tiro ao alvo pelas de música.
"A minha aula é sagrada. Todas as minhas ansiedades eu esvazio cantando", diz o barítono Jefferson, que já fez apresentação para Lula em jantar na sua casa.
Animado, Jefferson diz que o mais difícil foi aprender a controlar a respiração. Inspira e expira com as mãos no abdômen, mostrando como é que se faz.
Acompanhado por uma professora de canto e uma pianista, começa a cantar "Caçador de mim" e, depois, "Con te partiro".
Durante as aulas, o deputado solta a voz sem se preocupar com os vizinhos: é o único morador de um prédio funcional.
Valdemar Costa Neto (SP), presidente do PL, dá uma escapada do Congresso no almoço para praticar tênis.
"É bom que nem como depois. Já saio do jogo sem fome", diz o deputado, que já operou os dois joelhos por causa do esporte. "Depois dos 50, se você levantar e não sentir nenhuma dor, é porque está morto."
O parlamentar não gosta de jogar com políticos e prefere jogadores mais novos. "Tem de ter o mesmo ritmo que você, senão fica chato, o jogo", completa.
Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL) gosta das trilhas com moto. "Já passei dois dias em cima de uma numa expedição que fizemos pelo rio São Francisco", afirma. Tem duas: uma Honda, "que sobe até coqueiro", e uma Harley Davidson. "Quando estou em Brasília, meu único lazer é sair para jantar", completa.
O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) prefere os cavalos, que cria. "Tem um que chama "Deputado". Mas, depois que comprei, descobri que ele não era muito bom", brinca.
Quando têm tempo, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) veste o quimono e pratica jiu-jitsu.
Um pouco menos beligerantes são o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) e o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).
Quase um multiartista, Suassuna pinta e escreve poemas. Já publicou três livros: "Desafios", "Ousadia" e "Desenhos e Poesia". Albuquerque prefere o cultivo de vinhos. Tem uma vinícola em seu Estado e já produziu 10 mil garrafas do Fra Bartolomeu, em 2004, só por hobby.