Os agricultores de Passo Fundo foram surpreendidos, na última semana, com a ausência de Passo Fundo na lista dos municípios gaúchos classificados pelo "estado de emergência". Na verdade, até agora são 156 municípios do RS incluídos na lista dos que foram mais fortemente assolados pela seca. Mas, como isso pode acontecer se foi decretado estado de emergência no âmbito municipal e foram tomadas as providências para classificar entre os flagelados? Embora outras localidades tenham sido abaladas mais severamente pela estiagem, sabemos que o clima local é de verdadeira derrocada entre plantadores de soja e milho. Decepção e sobressalto, se é que há lugar para isso ainda na cabeça do produtor.
Momento é grave: cuidado com o cochilo!
O alerta foi feito diretamente ao prefeito Airton Dipp e o secretário da Agricultura Marcos Susin que está detectando o problema. Logicamente que é burocrático. Para não dormir no ponto, é preciso muita agilidade nesta corrida onde o mais lerdo pega lebre de tamanco no lavrado. O presidente do Sindicato Rural, Francisco Amantino, informa que além dos contatos com o prefeito, a reclamação foi levada à Farsul. A entidade informa que ocorreram efeitos burocráticos, tanto na lentidão do Piratini como nos escalões de Brasília. Não pode haver dúvidas quanto à necessidade de despachar ajuda para Passo Fundo, a não ser que os palácios não saibam que a produtividade média de 12/ha na região e 15/ha em Passo Fundo seja prejuízo na certa. Se não sabem, consultem que entende do assunto. E parem de discurso! O alerta deve ser reforçado, hoje mesmo, ao deputado Beto Albuquerque (PSB) em Brasília e ao governo estadual pelos representantes do PMDB local, além do deputado Cherini (PDT), que tem se refestelado na cidade, e atua diretamente na Comissão de Agricultura da Assembléia. A urgência é prorrogação dos financiamentos e ajuda aos produtores. Até os automóveis da Emater poderiam esperar um pouco para resolver essa questão da emergência.
