Ministério Público teme represália por ação de Fonteles contra Meirelles
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Valor Econômico
Notícia publicada ontem em "O Globo" revela que os excessos do Ministério Público estariam sendo discutidos na alta cúpula do governo, e o assunto teria sido motivo de debate no vôo que conduziu o presidente Lula e seus convidados aos funerais do Papa. "Observamos que há muita incompreensão e tem aumentado o boato de represália, mas ainda não temos nada palpável", afirmou Sebastião Caixeta, presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT). O primeiro ato do governo seria, de acordo com alguns procuradores, frear o projeto que concede aumentos para a categoria. O projeto eleva o salário máximo do procurador para R$ 21,5 mil em 2005 e para R$ 24 mil em 2006, se equiparando ao projeto que também eleva os salários dos ministros do STF.
Com a urgência, se aprovada, as propostas de reajuste podem ser votadas assim que a pauta da Câmara ficar livre da atual fila de medidas provisórias. "Um indício que a perseguição começou é que a liderança do governo assinou o pedido de urgência do projeto de correção da magistratura mas não o projeto do MP", disse uma fonte da promotoria.
Outro projeto que pode ser congelado pelo governo é o que transforma alguns cargos de procuradores em promotores da República, para permitir a atuação dos profissionais na primeira instância da Justiça. "Achamos que não há razão alguma para retaliação e acreditamos que o governo não está preparando isso, já que o MP apenas cumpriu sua função constitucional", afirmou Nicolao Dino, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República.
O vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS) não acredita na possibilidade de retaliação. "Isso é um fantasma e se alguém estiver pensando nisso está cometendo equívoco". Ele acredita que o projeto que corrige os salários da magistratura e dos procuradores não passará na Câmara porque não é momento para isto.