BRASÍLIA – Os líderes governistas acreditam que a escolha de Dilma Rousseff para a Casa Civil ratifica a estratégia de dar à pasta a função de gerência administrativa do governo, colocando em prática os diversos projetos de investimento do Executivo, especialmente na área de infra-estrutura. Colabora para isso o perfil técnico da ministra de Minas e Energia.
– Do ponto de vista institucional, as coisas mudam pouco. A Casa Civil já vinha assumindo essa função de coordenar as ações dos ministérios – lembrou o líder do Governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Vice-líder do governo, Beto Albuquerque (PSB-RS) destaca, além da escolha técnica, a relevância da indicação, lembrando que é a primeira mulher a exercer um cargo de chefe da Casa Civil.
– A escolha reforça a intenção do Planalto em aumentar os investimentos em projetos importantes para o país – ressaltou.
Para Beto, apesar de ter pouco envolvimento com a política, Dilma Rousseff poderá resolver os impasses vividos pelos governistas. O deputado acredita que agora ficará mais nítida a separação de funções entre a Casa Civil e o ministério da Coordenação Política.
O líder da minoria, José Carlos Aleluia, não vê as coisas sob o mesmo prisma. Discorda da atuação de Dilma no Ministério de Minas e Energia e acredita que não há como despolitizar a Casa Civil neste momento.
– Temos um presidente que só viaja, não podemos colocar um técnico na Casa Civil. Quem vai governar o país? – questionou.
