MANEJO FLORESTAL
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Correio do Povo – Porto AlegreCorreio do Povo – Porto Alegre, 26/11/2005
MANEJO FLORESTAL
Carlos Adílio Maia do Nascimento
Nosso Colaborador
O deputado Beto Albuquerque ocupou este espaço há uma semana para salientar a importância do projeto de lei, do qual foi relator, que dispõe sobre a gestão de florestas públicas para produção sustentável, institui o Serviço Florestal Brasileiro e cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal. Julgamos nosso dever, como difusores dos conceitos de desenvolvimento sustentável, ratificar o que foi dito pelo deputado e referir com ênfase a pertinência e a adequação desse marco regulatório ao momento que estamos vivendo.
A recente e progressiva identificação do imenso potencial econômico e social contido nos biomas e nos ecossistemas naturais tem sido tônica em nosso planeta e é produto admirável dos avanços da biotecnologia. Os recursos naturais, quando explorados de forma correta, respeitando a harmonia funcional preestabelecida pela natureza, constituem-se em fontes inesgotáveis de recursos e soluções para a maioria dos problemas resultantes da ação antrópica e da interação biológica. Os complexos mapas da biodiversidade recém começam a ser entendidos e já se mostram como férteis mananciais de alternativas múltiplas.
As florestas naturais brasileiras detêm percentuais significativos da biodiversidade global. A hiléia amazônica é dita a maior reserva mundial dessa incalculável riqueza. Os vegetais, como seres vivos, possuem metabolismo, que é o conjunto dos mecanismos químicos necessários ao organismo para formação, desenvolvimento e renovação das estruturas celulares e para produção da energia necessária à manutenção da vida. Nos jovens, esse processo é anabólico, trazendo crescimento pela transformação intensa de nutrientes em tecidos do ser que está se desenvolvendo. Na maturidade, há o equilíbrio e, na velhice, temos a fase catabólica, quando diminui a assimilação, aumentando a emissão de catabólitos para o meio ambiente, levando à diminuição da capacidade vital e à morte. As árvores velhas apodrecem, passando a ser emissoras de gases de efeito estufa. Daí a importância do manejo florestal sustentável, proporcionando biomas anabólicos pela substituição de vegetais adultos por mudas jovens, que, ao crescerem, estarão depurando a atmosfera.
A exploração racional de uma floresta gera inúmeras matérias-primas de grande valor industrial, que trazem trabalho e riqueza para a população rurícola e para o país.
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