Nacional: Bacia de Pelotas pode ser explorada para gás natural

May 19 2006
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Diário Popular – PelotasDiário Popular – Pelotas, 19/5/2006
Nacional: Bacia de Pelotas pode ser explorada para gás natural

A recente nacionalização do se- tor do gás na Bolívia pode abrir caminho para o governo explorar bacias que até então estão apenas mapeadas. “Entre elas a de Pelotas”, informou a ministra-chefe da Casa Civil e ex-ministra de Minas e Energia do governo Lula, Dilma Roussef. O assunto foi tratado quarta-feira, durante visita da ministra ao Rio Grande do Sul. Ontem, com apoio do vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), foi lançada em Brasília a campanha “O gás é nosso”.

A campanha visa a formação da Frente Parlamentar em Defesa da Produção Brasileira de Gás Natural. O objetivo, de acordo com o governo e com os parlamentares que pretendem compor a Frente, é discutir, propor e apoiar ações que permitam ao país alcançar a independência e a auto-suficiência da produção do gás natural. A idéia é seguir o exemplo da campanha de estímulo ao desenvolvimento da produção de petróleo, cuja produção, este ano, permitiu ao país atingir a auto-suficiência no setor.
“Entendemos que o Brasil precisa investir decisivamente para aumentar a oferta doméstica de gás natural em volume suficiente para diminuir a dependência da Bolívia”, disse Roussef.

Desta forma aumentariam as chances de a Bacia de Pelotas ter seu cronograma de prospecção antecipado. O governo não precisou datas. Mas Albuquerque, um dos parlamentares que lideram a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Produção Brasileira de Gás Natural, confirmou que a Bacia de Pelotas é considerada pelo Ministério das Minas e Energia “estratégica no âmbito do Mercosul”.

A iniciativa busca dar respaldo político no Congresso e na sociedade para decisão do governo de investir na produção de gás. Várias regiões do país dispõem de reservas importantes de gás e de tecnologia moderna para a exploração do hidrocarboneto. Ao mesmo tempo há uma demanda interna que cresce a uma taxa anual de 15% e já representa 9% da matriz energética nacional.