Governo não consegue acordo para votar MPs
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Jornal Agora – Rio GrandeJornal Agora – Rio Grande, 8/11/2006
Governo não consegue acordo para votar MPs
Após a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo sofreu a primeira obstrução na tentativa de destrancar a pauta de votação da Câmara dos Deputados. A pauta estava trancada por dez medidas provisórias. A intenção dos parlamentares da base aliada era votar todas as dez MPs que trancam a pauta da Câmara.
Mas só uma foi aprovada ontem: a MP que abre um crédito extraordinário de R$ 698,79 milhões para os Ministérios dos Transportes, do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional. A votação da segunda MP – chamada de pacote cambial – foi adiada porque o relator original Carlito Merss (PT-SC) está em viagem ao exterior. O sub-relator, deputado Vignatti (PT-SC), pediu um prazo maior para apresentar o seu parecer. Com isso, a pauta voltou a ser trancada. A expectativa da base aliada é que a votação seja retomada hoje.
Mas o governo deve enfrentar dificuldade para votar a terceira MP da pauta: a que trata do reajuste dos aposentados que ganham acima de um salário mínimo. A oposição insiste em elevar o reajuste proposto para 16,6%. O governo só aceita conceder 5,01% – percentual esse aceito pelos sindicatos da categoria. Nos bastidores, os parlamentares dizem que a votação da segunda MP – pacote cambial – foi adiada porque o governo quer ganhar tempo para construir maioria e conseguir votar a MP do reajuste dos aposentados.
Para o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), o resultado de ontem não foi uma derrota. "Avançamos com a votação de uma MP". O vice-líder do governo da Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), diz que saiu frustrado da sessão, pois esperava que as votações avançassem. "Acho que tinha que avançar para limpar a pauta. O Parlamento não foi feito para construir consenso, mas para ganhar a maioria." Segundo ele, este é um teste para saber quem está do lado do governo Lula. "A semana é boa para ver quem é governo e quem é oposição."