Geral – Dipp passa por sabatina ao vivo na Super 570
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Diário da Manhã – Passo Fundo, 11/11/2006
Por quase uma hora e trinta minutos, o prefeito Airton Dipp participou do programa Realidade da Super Rádio AM 570, na quinta-feira e enfrentou uma verdadeira sabatina ao vivo. O programa especial com o prefeito reuniu lideranças e representantes de órgãos e instituições da cidade. Todos fizeram perguntas ao chefe do Executivo sobre temas pertinentes como controle da natalidade, segurança pública, desenvolvimento e infra-estrutura. A síntese dos questionamentos e das respostas dadas pelo prefeito estão sendo publicadas pelo jornal Diário da Manhã. O programa apresentado pelo comunicador Saul Spinelli também ganha versão em vídeo. Ele será transmitido pela TV Cidade, no Canal 20, na segunda e na quarta-feira, às 23h.
Eva Miranda do Conselho Tutelar
Existia no município um programa de controle de natalidade, que oferecida vasectomia e ligadura de graça. Hoje isso não acontece. Quando este programa será reativado?
Airton Dipp – O programa de controle de natalidade que existia na administração passada realmente não está ocorrendo na nossa gestão. Nós temos dentro do programa de planejamento familiar também um programa que inclui o controle de natalidade. A Prefeitura, através da Secretária da Saúde vem realizando palestras em escolas e entidades, buscando o convencimento do uso de métodos contraceptivos. Mas nós realmente não temos incentivado aquilo que ocorria nas gestões passadas. O nosso direcionamento é outro, mas claro que podemos melhorar.
Fábio Flores da Associação Passo-Fundense de Cegos
Quais são seus planos para as políticas públicas em relação às pessoas com deficiência visual e em geral, quanto à acessabilidade, mercado de trabalho e passe livre?
Dipp – Nós procuramos, em primeiro lugar, repassar verbas às entidades, como associações de deficientes físicos, de atendimento às crianças. Este é o primeiro ponto. Além disso, nós estamos analisando por sugestão da própria APACE, a possibilidade da utilização do transporte coletivo gratuito, manuntenção dos acessos em nossas calçadas, para melhorar as condições de trêfego dos pedestres com deficiência visual. Mesmo com todas as dificuldades estamos tentando atender a todas as reivindicações. Na recomposição do trânsito, existe a reivindicação de sinaleiras especiais, o que nós já abrimos processo licitatório, mas o custo é realmente muito alto.
Adelar Lucietto – Vice-Presidente do Hospital de Olhos
Adair Roso do Diretor do Case
Passo Fundo tem sérios problemas com a circulação de veículos no perímetro urbano. A Prefeitura tem em seu projeto de governo, e se não tem seria possível incluir, um terminal de cargas pesadas, para que se possa reduzir os problemas do trânsito no perímetro urbano?
Dipp – Além da circulação nós temos problemas de pavimentação, em função das cargas pesadas que circulam na cidade, mesmo que a legislação não permita isso. Quanto ao porto seco, que faria com que estes veículos pesados não circulassem em determinadas partes da cidade, de maneira que só os veículos menores poderiam fazê-lo, dificilmente funcionaria em Passo Fundo, pois todas as cidades que o adotaram estão quase fechando.
Mateus Pittol – Presidente do CDL
Nós gostaríamos de saber quais os projetos da Prefeitura para o próximo ano em relação à infra-estrutura na cidade?
Dipp – Nós temos um projeto tramitando no Governo Federal, no Ministério do Planejamento, que deverá ser aprovado ou não até o final do ano, como nos garantiu o Ministério que prevê cerca de R$ 36 milhões especificamente para obras. Nós como principais, as obras de pavimentações, como a construção de um viaduto para acesso à Universidade pela Av. Rui Barbosa, a recuperação das principais vias, além do projeto de recuperação da Av. Brasil e o que eu considero uma novidade para Passo Fundo, que é o asfalto para três distritos industriais até a sua sede. Mas é preciso deixar claro que isto só será possível se o projeto for aprovado pelo Ministério do Planejamento. Caso não seja aprovado, teremos que continuar com as obras menores.
Émerson Ferrão – Empresário
Hoje se fala em déficit habitacional de oito mil imóveis. Gostaria de saber se este número é real, qual a necessidade por classe social, quais as políticas já adotadas e que número pretende alcançar até o final de seu mandato.
Dipp – Este déficit eu não teria condições de afirmar se é real ou não em função de que nós temos déficit em vários segmentos sociais. O que eu posso responder é pela população de baixa renda que busca uma unidade habitacional, através de um cadastro que já tem mais de 2600 famílias. Estamos desenvolvendo um trabalho junto com o Governo Federal, através do braço operacional da Caixa Economia Federal para reduzir este déficit. Até o final do próximo ano a expectativa é de entregar 520 unidades do Projeto Par.
Estas unidades são voltadas àquelas famílias que têm como renda de um salário mínimo e meio até cinco salários mínimos. Estamos em fase final de implantação de 80 unidades, estas sim, para aqueles que não têm comprovação de renda, famílias carentes no Parque Recreio. E temos a expectativa de chegar no próximo ano a 860 unidades do Projeto Par, uma na Cohab Secchi e outra na Vera Cruz, próxima à Semeato.
Roberta Westphalen – Jornalista
Levando-se em consideração que o Hospital São Vicente tem muita experiência em atendimento de emergência e não em pronto-atendimento, por que ele foi escolhido como o salvador do Hospital Municipal e não a Universidade ou a Faculdade de Medicina, ou até mesmo o Hospital da Cidade?
Dipp – Em primeiro ligar isso acontece para melhorar o atendimento do Hospital Municipal e tentarmos zerar o déficit público permanente nos últimos vinte anos, talvez trinta anos do Hospital. O Hospital Municipal tem um ótimo pronto-atendimento no pronto-socorro, que deveria ser um pronto-socorro de triagem para encaminhamento ao próprio Hospital. Isto deve ser feito pelos nossos CAIS. Esta é uma dificuldade por falta de recursos e de estrutura. Nós conversamos informalmente com a Reitoria da Universidade, com a diretoria do Hospital da Cidade, acenando com a possibilidade de assumir o Hospital Municipal. Mas a excelência do atendimento do São Vicente de Paulo me deixa em condições de afirmar que é um dos melhores hospitais do Sul do País.
Maria Olinda da Costa – COMDICA
Que ações o senhor destaca em sua administração que garanta as prioridades das crianças?
Dipp – Os avanços estão acontecendo de forma gradativa, nós teríamos que ter muito mais recursos para garantir as políticas públicas que atendessem todas as necessidades das crianças e adolescentes. Esta lei municipal que regulamentou a pessoa física e à pessoa jurídica reverterem uma parte dos impostos devidos ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente tem dado resultados muito positivos. A melhor política publica para a criança e o adolescente está sendo implantada por entidades credenciadas no município, em parceria com a Prefeitura Municipal.
Paulo Videla Ruschel – Delegado Regional de Polícia
De que forma a Prefeitura pode ajudar na conclusão do prédio da DPPA, que começou há mais de 10 anos e permanece inacabada e quanto à Secretaria Municipal de Segurança Pública, quando será posta em prática?
Dipp – Dentro das suas limitações, a Prefeitura faz o possível para ajudar no trabalho de segurança aqui em Passo Fundo, porém temos limite de caixa do município. Acredito que estejamos colaborando acima da capacidade da Prefeitura, dadas as dificuldades em diversos setores. Nós estamos promovendo politicamente, cobrando o Estado e o Governo Federal, acompanhamos o deputado Beto Albuquerque que tem feito um bom trabalho. Agora quanto à essa verba de R$500 mil necessária para a obra do prédio da polícia, que deve ser feita pela Prefeitura, nós teríamos que arcar com uma contrapartida obrigatória de 20%, ou seja teríamos que tirar R$ 100 mil de outras áreas para colocarmos no prédio da Polícia. Mas estamos tentando fazer com que o Estado assuma a obra.
Plínio Donassolo – Presidente do Sinduscon
Quais são as metas previstas e realizáveis de sua administração para a construção civil, além das já implementadas, já que o segmento representa geração de emprego e renda no município?
Dipp – Dando uma continuidade às políticas de atendimentos às demandas sociais, elas passam pela questão da infra-estrutura, que são executadas pela construção civil. Existem diversos investimentos na área da construção civil, que geram renda e emprego. Mas algo que faremos para impulsionar a construção civil no município, é o curso que o Sinduscon, através do Cefet, será implantado em Passo Fundo, para a formação de mão-de-obra para a construção civil. Tudo em que se concentra educação, saúde, e geração de empregos passa pela construção civil.
Orlei Borges – Comitê da Cidadania
O senhor pretende construir galpões para tirar os catadores de papel das ruas?
Dipp – Esta é uma questão social importante no município e também é uma atividade econômica para os desempregados, que acaba gerando renda. Eu devo confessar que nós tivemos dificuldades no ano passado em conversar com os representantes dos papeleiros, pois são muitos grupos distintos. Chegamos a montar uma comissão para que pudéssemos avançar em algumas questões, mas que foi abandonada pelos próprios catadores que não retornaram para conversar. Quanto aos pavilhões, nós colocamos que a área será disponibilizada pelo município, e os outros recursos seriam captados junto ao Governo Federal. Queremos avançar, mas não é tão simples devido a algumas dificuldades, mas com a participação do Comitê da Cidadania, nós temos certeza que chegaremos a uma boa solução.
Tenente-Coronel Lima – Comandante 3º RPMon
Por que as câmeras de segurança serão instaladas apenas no centro da cidade e não nos bairros?
Dipp – Esta é uma questão importante. Devemos ter um trabalho feito independentemente das câmeras nos bairros em função do deslocamento do criminoso para outro ponto da cidade. Nós teremos que fazer uma pressão muito grande em cima da Secretaria de Segurança Pública do Ministério da Justiça, para retomar os projetos que havíamos proposto quanto à regionalização da segurança. Não é possível que tenhamos trazido aqui o Secretário Nacional de Segurança Pública e depois disso um acontecer um recuo da própria Secretaria.