Entrevista –

Jan 23 2007
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psbnacional.org.br, 23/01/2007

Deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) : “A oposição criará uma série de obstáculos ao PAC, pois torce contra o êxito deste governo de esquerda”

Em entrevista ao Portal PSB Nacional o vice-líder do governo na Câmara, deputado federal reeleito Beto Albuquerque (PSB-RS) afirma que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é uma medida coerente de um governo que vem “arrumando a casa”. Segundo Beto, os governos anteriores apenas apresentaram cartas de intenções, nunca se havia feito um organograma com metas e prazos como este, organizado no governo Lula. Confira abaixo a entrevista na íntegra.

 

Portal PSB: Qual importância política e econômica do PAC, para o Brasil e para o segundo mandato do presidente Lula?
Beto Albuquerque – É uma medida coerente de um governo que vem arrumando a casa, sem abrir mão da responsabilidade fiscal e controle da inflação. Este governo parte agora para um amplo projeto de metas com prazos definidos, capaz de fazer o Brasil crescer e gerar mais empregos.




Portal PSB: O senhor já tem idéia de quais ajustes serão necessários para o PAC?
Beto Albuquerque – De um modo geral o plano é muito bom. Evidentemente que se algum estado ou município sentir necessidades de mudanças elas serão feitas. Lembrando que a economia não cresce apenas com investimentos, podemos ter uma economia crescente – desde que respeitemos o nosso planejamento.

Portal PSB: Após a ditadura, a sociedade brasileira presenciou a realização de cinco mandatos presidenciais sem nenhuma proposta eficaz de desenvolvimento. O presidente Lula com o PAC vem responder a que expectativas?
Beto Albuquerque – O Brasil sofre muito pela característica de seus governos de improvisar ações e agir por soluços mediante crises. Hoje o Brasil possui credibilidade internacional e mantém o equilíbrio fiscal. O que o PAC faz é dizer quais serão os recursos que vamos injetar na economia, estimulando o setor produtivo privado nos próximos quatro anos. O governo Lula responde à expectativa de muitos anos, em ter um plano concreto real com início, meio e fim, com metas traçadas e planos de ação para executar durante o mandato. Os governos anteriores apenas apresentaram cartas de intenções, nunca se havia feito um organograma com metas e prazos como este organizado no Governo Lula.

Portal PSB: O presidente Lula vai conseguir aprovar o PAC no Congresso Nacional?
Beto Albuquerque – Sempre teremos dificuldades. A oposição levou uma goleada nas urnas, reclamando que o Brasil crescia pouco. Agora que existe um plano econômico, que colocará o país em taxas de crescimento entre 4,5% a 5%, a oposição tentará obstruir a possibilidade de aprovação, pois não torce pelo Brasil. A oposição torce contra o êxito de um governo de esquerda e criará uma série de obstáculos. Evidentemente que uma matéria como essa não sairá do Congresso da mesma forma que entrou. Mas nós, que pertencemos à base do governo e temos noção histórica do que representa atingir metas de crescimento, precisamos votar todas essas matérias, que não são poucas em 2007.

 

Portal PSB: O governo Lula vai superar suas limitações políticas e administrativas para poder executar o PAC?
Beto Albuquerque – Primeiro: temos que vencer a disputa momentânea que estamos tendo na Câmara. Precisamos resolver isso até o dia 1º e eleger aquele que acreditamos ser mais representativo desse pensamento brasileiro. O PSB defende a candidatura de Aldo Rebelo exatamente por ser uma candidatura mais neutra, do ponto de vista político. Vencido esse embaraço, que pode deixar algumas feridas abertas, temos que superar este tipo de limitação. O segundo ponto seria qualificar suas despesas e reduzir gastos. Acho que temos gordura para isso. Tudo que ganhamos com o crescimento da economia não se pode gastar, caso contrário, o crescimento econômico não chega à sociedade. Nossas limitações precisam ser ultrapassadas e o que importa é que temos um plano para o Brasil e precisamos que ele dê certo.