Governo vai precisar do Congresso para aprovar as medidas do PAC
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Diário do Amapá, 23/01/2007
Parte das medidas que integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), anunciado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dependerá da aprovação do Congresso Nacional (foto abaixo) para entrar em vigor. O governo já articula sua base aliada no Legislativo na tentativa de emplacar a maioria das medidas, mas parlamentares reconhecem que Lula enfrentará dificuldades para viabilizar o pacote.
"O Congresso é autônomo, certamente o programa não vai sair da forma que chegar. Creio que o Congresso vai preservar os ajustes do governo, mas manter a li-nha de ajuste fiscal", disse o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto (PTB-PE), disse que o pacote é bom para estimular o crescimento, mas reconheceu que "há um longo caminho para se percorrer" até sua aprovação.
O líder do PDT na Câmara, deputado Miro Teixeira (RJ), manifestou otimismo com a aceitação do PAC no Congresso. O deputado disse, no entanto, que os parlamentares terão que conhecer as medidas primeiro antes de decidirem pela sua aprovação.
"Temos que ser otimistas e achar que o Brasil pode crescer. Ele pode chegar lá de um jeito, mas como sai o Congresso é que define", afirmou.
A aprovação do pacote reforça a necessidade do governo de ter aliados no comando da Câmara e do Senado. A base aliada está dividida na disputa pela presidência da Câmara, o que pode viabilizar a eleição do tucano Gustavo Fruet (PSDB-PR) na disputa que entrou como candidato da chamada terceira via.
Lula se reuniu onem com o conselho político do governo e lideranças dos partidos na tentativa de amarrar a aprovação do pacote. Para o anúncio das medidas, estavam os pre-sidentes da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).