Lula começa a discutir o PAC com o Senado e a Câmara
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Diário Catarinense, 6/2/2007
Legislativo
Presidente marcou reunião com os presidentes Chinaglia e Calheiros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir esta semana, em data ainda não definida, com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir a tramitação das matérias que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Congresso Nacional.
Lula almoçou ontem com Chinaglia e, durante o encontro, o deputado se propôs a estudar estratégias para a tramitação do pacote que agilizem a aprovação do PAC no Congresso.
Chinaglia teme o atraso na votação dos projetos de lei que integram o PAC, mas não prevê dificuldades na votação das sete Medidas Provisórias do programa – uma vez que as Medidas Provisórias passam a trancar a pauta de votações da Casa dia 19 de março.
– A gente tem que dar atenção especial quanto ao trâmite que não for através de MP. Se não for bem pensado, pode levar um tempo bem maior do que cada um de nós julgaria apropriado – afirmou.
Chinaglia negou que o Palácio do Planalto vá intervir na votação do PAC, mesmo com o desejo do presidente Lula de acelerar a votação do programa.
– Em nenhum governo e em nenhum parlamento vai haver intenção deliberada de aprovar dessa ou daquela maneira. Eu tenho absoluta convicção de que vai ser aprovado, com as mudanças que soberanamente a Câmara julgar adequadas. Vamos ter posições diferentes, mas não vejo problemas no trâmite – afirmou ontem o presidente da Câmara .
Chinaglia quer criar cargos para retribuir apoio
Chinaglia deverá propor hoje aos líderes dos partidos a criação de uma série de comissões temáticas, com o intuito de abrir espaço para contemplar todos os aliados que articularam sua eleição.
Nos bastidores, Chinaglia tem sido pressionado por aliados a “pagar a fatura” de sua eleição. Um dos principais trunfos do petista para costurar apoios era justamente o loteamento de cargos e relatorias de comissões importantes.
Além disso, o novo presidente da Câmara também tem ouvido queixas para que interceda pela escolha de José Múcio (PTB-PE) para sucedê-lo na liderança do governo.
O posto também é cobiçado pelo atual vice-líder do governo, Beto Albuquerque (PSB-RS), e pelo ex-ministro Eunício Oliveira (PMDB-CE). Além de precisar atender aos seus aliados, Chinaglia ainda tem de tentar apaziguar a cisão na base governista e retribuir ao PSDB, cujo apoio foi decisivo na sua eleição.