Representantes dos estados do Sudeste estiveram na capital para apresentar sugestões e debater com o Legislativo
Brasília – A posição favorável do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à proposta da União de tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no destino – estado em que o produto é consumido – facilita a aprovação da reforma tributária no Congresso. A opinião é de parlamentares tanto da base governista quanto de oposição, ao avaliarem que as chances de a reforma ser aprovada no Legislativo cresce com o apoio do tucano.
Líder do PSB, Beto Albuquerque, diz que "se estados mais importantes, como São Paulo, concordam com a cobrança do ICMS no destino, isso vai facilitar muito a aprovação da reforma". Ele defende o avanço da modificação tributária com a criação de cinco faixas de alíquotas para o ICMS, que passaria a ser cobrado no destino. "Há uma vontade de 90% dos parlamentares de dar uma resposta sobre a mudança tributária. Nós temos uma grande oportunidade de aprová-la", afirma.
Texto prévio
Os governadores de São Paulo e o de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defenderam a preparação pela Administração Federal de um texto prévio com as propostas de reforma dos impostos, antes da reunião prevista para terça-feira, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os 27 chefes de Executivo. "Tem que haver uma proposta escrita e não balões de ensaio. Duvido que o governo federal faça uma proposta concreta aos governadores, não há tempo para isso", diz Serra. Ele lembra que a mudança da cobrança do ICMS da origem para o destino provoca perdas a curto prazo para a Administração de São Paulo. "Em Minas Gerais, também provoca perdas", observa.
