A reforma política necessária
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A idéia original do primeiro é proibir doações privadas (a exceção seria para os partidos políticos) para dar mais equilíbrio entre os candidatos e evitar o caixa dois. Infelizmente, não ocorrerá nem uma coisa nem outra. E o custo à sociedade será dobrado. O voto em lista é outro exemplo. O eleitor perde seu direito de escolha direta do candidato e os caciques partidários e o poder econômico ganham mais poder para determinar a prioridade entre os candidatos.
O aperfeiçoamento da nossa democracia passa pela escolha de um sistema de governo que privilegie as relações institucionais entre os poderes, consolide os partidos políticos, as práticas republicanas para a sustentação dos governos; possibilite, inclusive, com o voto de censura, mudanças no governo e no parlamento, em caso de crises e escândalos políticos. Essas são vantagens do sistema parlamentarista.
A mudança do sistema de governo já foi avaliada no Brasil em dois plebiscitos, o último há quase 15 anos. Desde então, a democracia amadureceu, o cidadão adquiriu mais consciência política, o país avançou na economia e nas conquistas sociais. Mas infelizmente, práticas e vícios públicos e privados continuam a minar a vida política e o Estado brasileiro. É preciso superá-los, mas isso não acontecerá com uma reforma política pela metade.