Governistas iniciam debate da CPMF com vitória

Sep 27 2007
(0) Comments

Folha de Londrina, 27/9/2007

Brasília – A falta de consenso não impediu o governo de obter uma vitória ao iniciar a discussão ontem para a votação das emendas e destaques à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. A base aliada conseguiu reduzir o número de destaques e emendas – o que poderá permitir que a votação seja concluída até hoje.

Os governistas conseguiram reduzir de dez para sete destaques, enquanto o número de emendas caiu de 26 para quatro. De acordo com o regimento interno da Câmara, a base aliada terá de garantir, no mínimo, 308 votos favoráveis às propostas de interesse do Palácio do Planalto. A previsão dos aliados é que a votação – que é nominal – terminaria ainda na madrugada de hoje.

A oposição mantém a disposição de fazer obstrução às votações, uma vez que foi derrotada na batalha regimental que deu vitória aos governistas.

As discussões e negociações prosseguiram durante toda a tarde. O vice-líder do DEM na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), ocupou a tribuna do plenário para atacar a CPMF. ”A CPMF é o imposto do desemprego porque onera o setor produtivo”, repetiu ele.

Paralelamente, a oposição tentava arregimentar votos contrários à prorrogação. No gabinete, o líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), recebia deputados e atendia a ligações telefônicas tanto no aparelho fixo como também no celular. Em cada conversa, ele repetia a necessidade de aprovar a CPMF em nome da governabilidade.

Já no plenário da Câmara, o vice-líder do governo na Casa, Beto Albuquerque (PSB-RS), apelou para que os colegas comparecessem para votar. ”São muitas votações nominais, vamos contribuir para que não se fique aqui até de madrugada.”