Aliados prometem votar CPMF na terça
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Jornal O Tempo, 4/10/2007
Lula recebeu da sua base de apoio a garantia de que PEC vai a plenário, na Câmara, no prazo previsto pelo governo
BRASÍLIA – Líderes e vice-líderes de partidos aliados ao governo comunicaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o plenário da Câmara deverá votar na terça-feira (9), em segundo turno, a proposta de emenda constitucional (PEC) que prorroga, até 2011, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
A confirmação foi feita durante um jantar, no Palácio da Alvorada, após a reunião do Conselho Político, anteontem à noite. No encontro ficou definido que, até a aprovação da emenda, estão suspensas as nomeações de pessoas indicadas pelos partidos aliados para ocuparem cargos no segundo escalão do governo federal. “A idéia é manter a base serena, comprometida com o projeto do governo, sem abrir dissidências”, afirmou o líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS).
Após o jantar, durante o qual foram discutidos também os problemas nas relações entre o Palácio do Planalto e a base parlamentar, o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (RR), disse que a aprovação da CPMF não resolverá todos os problemas. “Na hora em que nós votarmos a CPMF e resolvermos os problemas do PMDB e de outros partidos da base, outras questões aparecerão”, disse Jucá.
Ainda sobre os problemas na relação entre os partidos e o governo, que também foram tema da conversa no Palácio do Alvorada, o líder do governo na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), admitiu que há obstáculos. “Tem obstáculos na Câmara. Se vencidos, vai para o Senado. No Senado, haverá novos obstáculos. Lá podemos vir a perder. O governo tem derrotas também, isso é da democracia”, concluiu.
Diálogo estreito
No encontro com os aliados, Lula sinalizou que manterá um diálogo mais estreito com os parlamentares que o apóiam. Após o jantar, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), avisou que haverá sessão extra na segunda-feira, além da ordinária no mesmo dia. Com isso os governistas contam o prazo necessário para votar as medidas provisórias que trancam a pauta da Casa e, assim, têm condições de discutir e votar a proposta da CPMF.
Para o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), as negociações na Casa estão avançadas. “Na Câmara, as coisas estão bem. Pode ser que no Senado haja um ou outro problema, mas isso é outra coisa”, disse. “O importante é votar as MPs e depois ficarmos livres para amar”, brincou.
O líder do PT na Casa, Luiz Sérgio (RJ), também considera como certa a votação da CPMF na próxima terça-feira apesar das ameaças de obstrução feitas pela oposição. “Nós já votamos duas das cinco medidas provisórias. As sessões serão realizadas nesta semana e também na segunda-feira. Não vejo problema algum pela frente”, afirmou o parlamentar. Segundo o líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RO), mesmo com as dificuldades sinalizadas pelos oposicionistas, as votações das MPs serão realizadas e a pauta ficará livre para a CPMF. “Não há problemas. Tudo está sendo negociado e a pauta vai ficar livre para a CPMF”, disse. (Agência Estado