Cautela nos comentários
- Posted by: Ass. Imprensa
- Posted in Beto na Mídia
- Tags:
Jornal de Brasília, 10/10/2007
Os pares do presidente do Senado trataram a chegada da Playboy com o pivô da crise que a Casa enfrenta, há quatro meses, com certa irreverência. E o ensaio dividiu opiniões. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), um dos parlamentares mais engajados no afastamento de Renan da presidência da Casa, arriscou até um trocadilho. “Por essa quebra de decoro, Renan até seria absolvido”, brincou. Já o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), disse que não pretende comprar a revista. “Se me emprestarem, eu até vejo”, disse.
No cafezinho, outro senador que prefere o anonimato, revelou que não aprovou as fotos. Disse que esperava que as curvas da mulher que virou a cabeça do presidente do Senado fossem mais “chamativas”. Na avaliação desse senador, Renan se “prejudicou por pouca coisa”. E acrescentou: “O Renan poderia ter conseguido coisa melhor”.
Entre as avaliações, a mais curiosa foi a do vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS). “Não estou curioso, não. Minha mulher é muito mais bonita do que a Mônica Veloso. Vou ver a revista porque há sempre textos interessantes na Playboy”, desconversou Albuquerque. O líder do DEM na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS), foi cauteloso e saiu em defesa da jornalista. “Eu vi a revista. A jornalista Mônica Veloso está no direito dela de viabilizar recursos para sustentar a filha. Eu a respeito”, argumentou.
Mesmo com todo furor que causou no primeiro dia de venda, a Playboy com a jornalista, segundo os funcionários da banca, não deve emplacar em outros estados. “Acredito que apenas os compradores tradicionais vão adquirir. A gente vai vender porque está em frente à Câmara e ao Senado”, destacou o jornaleiro José Erinaldo. (MF)