Por CPMF, governo volta a revogar MP
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Jornal do Brasil, 10/10/2007
BRASÍLIA. O governo decidiu retirar a medida provisória que trata da concessão de benefícios a trabalhadores rurais. A MP tranca a pauta de votações da Câmara. A idéia é limpar a pauta da Casa para votar o último turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2011.
A decisão foi tomada na tarde de ontem durante reunião de líderes da base aliada conduzida pelo líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE). O objetivo é concluir a votação do segundo turno da PEC até as 4h de hoje – o que evitará atrasos no cronograma definido pelos governistas.
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que seu partido votará unido em favor da aprovação da PEC.
– A cada votação damos mais votos ao governo. O governo tem sido correto com o PMDB e com o país.
A previsão é que as votações se estendam por cerca de oito horas, como ocorreu no primeiro turno de votação da PEC no mês passado, que foi finalizado por volta das 2h30. Os oposicionistas prometem manter a obstrução, enquanto os líderes da base aliada estão otimistas sobre o resultado final em favor do governo.
– Só saímos daqui depois de aprovado o segundo turno. Estamos preparados para atravessar a madrugada – afirmou o líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ).
– Vamos aprovar, o esforço e a compreensão de todos contribuirá para isso – disse o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS).
Para substituir o conteúdo da MP que será retirada pelo governo já foi preparado um projeto de lei – que receberá pedido de urgência – com o mesmo teor. Com o pedido de urgência, o projeto é colocado na frente de outras matérias que estão na pauta, exceto as MPs.