Dois grandes investimentos serão anunciados

Feb 21 2008
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Diário da Manhã – Passo Fundo, 21/02/2008

Passo Fundo está nos planos da Ambev para a instalação de uma Maltaria e de uma indústria pernambucana para a produção de software.

Dois grandes investimentos estão para serem anunciados oficialmente em Passo Fundo. Um deles diz respeito ao Pólo de Exportação de Software do Planalto Médio, e deve ser oficializado hoje através do deputado federal Beto Albuquerque, que conduziu as negociações ao lado da prefeitura. O outro, diz respeito a intenção da Ambev em consolidar parceria com investidor local para a instalação de uma Maltaria. As negociações estão avançadas e o grupo multinacional de origem Belga estaria optando por Passo Fundo, porque a cidade tem uma das melhores logística e porque produz 80% da cevada do Rio Grande do Sul, além de ser de excelente qualidade.

Sobre a produção de Software, desde outubro do ano passado, o deputado Beto Albuquerque e o secretário de Desenvolvimento do Município, Claudemir Bragagnolo, negociam com dirigentes de uma empresa pernambucana de produção e gestão de software hospitalar. O município foi colocado como alternativa para que a empresa pernambucana instalasse uma unidade já que se consolida como pólo educacional e de serviços, além de forte histórico na formação de mão-de-obra em TI. Também é centro de referência hospitalar. A empresa pernambucana que gera um faturamento anual de R$ 50 milhões, tem um grande espaço no pólo digital de informática e software, num estado do Nordeste que é centro de referência na área. A negociação que envolveu o Executivo e o parlamentar passou pelo governador de Pernambuco Eduardo Campo que é do PSB.

Ambev

A Ambev está decidida a investir no Brasil e já escolheu o Rio Grande do Sul para montar uma indústria de malte. Passo Fundo é a cidade mais cotada para abrigar a indústria, por várias razões. A primeira delas é que o município está numa região de excelente logística e que produz 80% da cevada (produto base para a fabricação do malte) do Estado. Além disso, há um investidor local disposto a fazer parceria com a Ambev para viabilizar a indústria. A região produz em torno de 45 mil hectares de cevada com produtividade de 1,8 tonelada por hectare. É a própria Ambev que distribui a semente e compra e a produção. A exigência em relação a qualidade é elevada. Por esta razão, a Emater faz uma classificação do produto dentro de um padrão rigoroso. O produto aprovado dentro destes critérios, vai para a produção do malte o que sobra vira ração. A outra razão está na pesquisa, desenvolvida pela Embrapa Trigo.

Reportagem por Zulmara Colussi
zulmara@diariodamanha.net