Na tarde desta segunda-feira, 28 de abril de 2008, durante a IX Sessão Plenária do Parlamento do MERCOSUL, em Montevidéu, o parlamentar brasileiro Beto Albuquerque criticou as declarações do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial sobre a produção de biocombustíveis, relacionando esta produção como causa da fome no mundo.
Albuquerque disse acreditar que a preocupação em torno dos biocombustíveis não se aplica ao Brasil e ao Mercosul, mas à Europa e aos Estados Unidos. “O meu temor é que o discurso alarmista da escassez de alimentos seja usado para justificar a manutenção de subsídios agrícolas, notadamente pela União Européia e dos Estados Unidos”, declarou.
O parlamentar reforçou que os países membros do MERCOSUL possuem uma grande produção de alimentos. “Tenho certeza que nossos países querem condições para continuar produzindo cada vez mais, e espero que os países ricos nos auxiliem à criar condições de mercado para investirmos em tecnologia para aumentarmos a produtividade de nossas terras e maior qualidade da nossa pecuária”, disse.
Albuquerque também declarou que o crescimento da produtividade pode ser um indutor das agroindústrias, criando uma cadeia de valor adicionado ao agronegócio e à agricultura familiar dos países membros.
Por fim, o parlamentar disse que o desafio dos parlamentares do MERCOSUL é corrigir as deficiências logísticas de estradas, ferrovias, portos e armazenagem existentes no bloco “para superar as preocupações do FMI e Banco Mundial, para acabar com a fome no mundo e ainda produzir bioenergia”.
Abaixo, matérias referentes ao trabalho da Comissão de Infra-estrutura, Transporte, Recursos Energéticos, Agricultura, Pecuária e Pesca do Parlamento do MERCOSUL.
