Durou pouco a promessa das autoridades de agir com rigor para acabar com os motoristas bêbados nas estradas e reduzir o número de acidentes fatais nessas vias. Com uma série de alterações, a Medida Provisória que trata do assunto foi aprovada na noite de quarta-feira pela Câmara. Se o texto original enviado pelo governo proibia de vez a comercialização de bebidas alcoólicas nas estradas, a nova versão já ameniza a medida, roubando parte de sua eficácia.
Com as alterações promovidas pelo relator da MP na Câmara, Hugo Leal (PSC-RJ), a venda de bebidas alcoólicas nos perímetros urbanos próximos às rodovias federais vai ser permitida. Ou seja, nos trechos de cidade das estradas, os motoristas poderão comprar álcool normalmente. A proibição só foi mantida para as áreas rurais próximas a estradas federais. Para entrar em vigor, o novo projeto agora seguirá para o Senado, onde também precisará ser aprovado.
A boa notícia vinda da Câmara é outra mudança adotada no texto. Agora, será considerado crime dirigir um carro com mais de 6 decigramas de álcool por litro de sangue — o que permitirá que os motoristas embriagados fiquem detidos. Segundo o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), o motorista que "cometer tragédia no trânsito após beber" será preso em flagrante. O motorista também perderá a carteira de habilitação e terá de pagar multa.
