Para evitar a “mão grande”
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Informativo do Vale – Lajeado, 26/7/2008
Comitiva do Vale do Taquari teve a confirmação que duplicação deve sair em 2011, mas é preciso manter mobilização
Vale do Taquari – A duplicação da BR-386, entre Estrela e Tabaí, só não sairá do papel se a região "dormir no ponto". Essa foi a sensação do presidente da comissão Pró-Duplicação, o reitor da Univates, Ney Lazzari, após reunião realizada ontem, na superintendência do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), em Porto Alegre. Lazzari obteve a confirmação do superintendente do órgão federal, Marcos Ledermann, de que a obra está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que, por isso, conta com recursos. Entretanto, o próprio Ledermann alertou que é preciso ficar atento para que o trabalho na rodovia não seja suprimido do PAC ou que a verba seja retirada do Orçamento.
"Precisamos acompanhar esse processo em cima para que nada atrapalhe o cronograma, que até aqui tem andado", explica o presidente da comissão. Acompanhado pelo secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Carlos Alberto Martini; pelo presidente da Câmara de Indústria e Comércio da região (CIC), Oreno Ardêmio Heineck; e pelo deputado federal Beto Albuquerque, Lazzari teve a confirmação de que a obra não vai se resumir ao alargamento da pista, como ocorreu no trecho entre Tabaí e Canoas. "Trata-se da construção de outra estrada ao lado da existente, com um espaço entre as vias de 1,5 a dois metros. Ou seja, será realmente uma duplicação."
Entraves
Se o cronograma for seguido à risca, a duplicação deve ser licitada no primeiro semestre de 2009 e iniciada no final do próximo ano, sendo concluída em 2011. No entanto, além da disputa política pelas obras do PAC, a possibilidade de reforma tributária pode interferir no cumprimento desse prazo. Segundo admitiu o próprio Ledermann na edição de quinta-feira do jornal O Informativo do Vale, a extinção da Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), um dos impostos que financiam o PAC, emperraria o processo.
No entanto, de acordo com Beto Albuquerque, que integra a comissão de Infra-Estrutura da Câmara Federal, já existe uma proposta para a criação de um imposto que, mesmo em caso de reforma tributária, garantiria a verba para as obras do PAC. "A nossa tarefa agora, no congresso, é assegurar a duplicação no Programa de Aceleração do Crescimento para que ela seja iniciada no ano que vem, sem problemas", compromete-se.
Entenda o caso
A região reivindica desde 2001 a duplicação da BR-386, no trecho entre os quilômetros 353,6, em Estrela, e 388,4, em Tabaí. Em 2005, os pedidos foram intensificados. De lá para cá, por intermédio de lideranças regionais, a obra constou como prioritária em programas de governo, como o Rumos 2015 e a Agenda 2020, ambos do governo estadual; o Duplica RS (plano estadual de ampliação de infra-estrutura); e, principalmente, o PAC, do governo federal. É por meio dele que a construção estimada em R$ 150 milhões deve sair do papel.
Com a morte de 13 pessoas no acidente entre a carreta e o ônibus no trecho de pista simples da BR-386, na terça-feira, a necessidade da duplicação foi tornada pública novamente. Atualmente, uma empresa realiza o projeto de engenharia, que deve ser entregue até o primeiro trimestre de 2009. Depois dessa etapa, abre-se o processo de licitação e, por fim, inicia-se a construção da rodovia.