Exercício de solidariedade
- Posted by: Ass. Imprensa
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O Nacional – Passo Fundo, 19/08/2008
É comovente, contagia os sentimentos, instiga preocupação e solidariedade, o combate enfrentado pelo lutador, o menino de origem humilde, o mecânico, o trabalhador, Beto Albuquerque, bacharel em Direito, deputado federal, que abriu caminho, a golpe de determinação e inteligência, no início com as mãos calejadas, fazendo-se lídimo representante do povo. Hoje trava seu maior enfrentamento, salvar seu filho Pietro, conseguir um doador de medula. Beto e sua família enfrentam o desafio da vida, da sobrevivência, é o despertar da conscientização de todos, a fim de buscar na solidariedade humana, no coração e na sensibilidade, a suprema virtude, o de ser útil aos nossos semelhantes.
Há bem pouco, Beto fez um chamamento, em discurso na Câmara Federal, reproduzido pela imprensa, ver edição da última sexta feira, em O Nacional. Ele pede maior empenho do governo, a induzir em campanhas públicas, os futuros doadores, como fazem com a vacinação, que já é um sucesso. E, mais, que hospitais públicos e não públicos e laboratórios façam exames em doadores e tenham banco de sangue. Há 10 mil brasileiros e, só no Rio Grande, 800 casos de leucemia por ano, a cada dia avançando mais em jovens de 16 a 19 anos, idade de Pietro. Há falta de solidariedade, pois no Brasil, com uma população de 200 milhões de habitantes, há apenas 735 mil doadores cadastrados, já nos Estados Unidos há 15 milhões. Que diferença de preocupação do governo com a saúde e o nível da educação e de resgate de cidadania? O procedimento da doação é muito simples, esse transplante basta uma punção, a retirada do sangue da medula e a infusão no receptor para o transplante ser feito. Não existe qualquer risco para o doador, o candidato fará teste de 10 ml de sangue para exames. Surgindo um receptor compatível, a pessoa é chamada a passar por novos exames e doar. A dificuldade, é que apenas um a cada 150 mil é compatível. Para ser doador basta ter 18 a 55 anos. Pietro Albuquerque há oito meses vive nessa agonia, à espera de um doador, a doença se manifestou quando festejava a aprovação para o curso de cinema. A intenção desse artigo cheira vida e clama por conscientização, no sentido de despertar, tanto os governos municipais, estaduais e federal, promovam campanhas, em todos os veículos, na busca de doadores, E que deixem de veicular "abobrinhas" nos programas pagos televisivos e façam chamamento a vida, para que entidades e grupos, fazendo eco a essas campanhas arregimentem voluntários nessa cruzada nacional. E, por fim, que as pessoas sejam menos mesquinhas, esqueçam seu egoísmo e individualidade, preocupem-se com coisa séria e que alguns mestres deixem de perseguir seus alunos. Outros em pensar apenas em si, mas ter sua atenção voltada para o amor ao próximo, solidariedade para quem sofre e necessita de um pouco de cada um de nos. Lutemos para que cada brasileiro tenha mais educação, pois, essa conduz ao conhecimento, liberdade, a conscientização e a cidadania. E por derradeiro, as palavras de Pietro: "A pressão psicológica é diária, mas não posso perder a esperança e luto com todas as forças para continuar vivo". Em contraponto, quantos jovens teimam e tentam todos os dias morrer?
Coluna JABS PAIM BANDEIRA