Rodovia Transbrasiliana, ou BR-153
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CLIC Erechim – 29/8/2008
Francisco Basso Dias (de Porto Alegre)*
Recomeçam os movimentos dos que desejam a conclusão da BR-153, que liga os municípios de Erechim-Passo Fundo, numa extensão de aproximadamente 80 quilômetros, como mais uma alternativa para promover o desenvolvimento da região Norte do Estado. A Rodovia Transbrasiliana (BR-153) é a quarta maior rodovia do Brasil, ligando a cidade de Marabá (Pará) ao município de Aceguá (Rio Grande do Sul), totalizando 4,355 quilômetros de extensão. É a principal ligação do Centro-Oeste e do Meio-Norte do Brasil (Pará, Amapá, Tocantins e Maranhão) com as demais regiões do país. Metrópoles como Goiânia e Brasília a utilizam como o principal corredor de escoamento. É também muito utilizada para acender a regiões turísticas como a da estância de Caldas Novas (Goiás), e a cidade histórica de Pirenópolis (Goiás).
Num país de dimensões continentais como o Brasil é natural que o processo civilizatório tivesse ocorrido por etapas. A primeira fase do progresso brasileiro se deu ao longo da costa. Por mais de três séculos, desde que os bandeirantes avançaram sobre a Serra do Mar, esse tem sido o centro da economia e da cultura do país. Foi nas proximidades do litoral que se criaram as raízes da identidade nacional. A sociedade litorânea foi solidificada pela construção de grandes eixos de norte a sul, como a BR-101 e a BR-116. Existe no centro do país, na região que os moradores do litoral definiam como grotões, uma nova e excitante onda de ocupação levada a cabo pela civilização brasileira sobre o imenso território. Num eixo imaginário longitudinal está brotando um país herdeiro do primeiro, mas com horizontes diferentes e talvez mais amplos.
A BR-153 é a única que atravessa as cinco macrorregiões do país e igualmente eixo imaginário em torno do qual se delineia um país um tanto desconhecido dos moradores do Brasil urbano mais próximo da costa. A maioria das cidades entre Goiás e Pará nem sequer existia quando, em 1958, o presidente Juscelino Kubitschek abriu as obras da Rodovia Belém–Brasília, o trecho mais conhecido da BR-153. Nessa região, a rodovia é a alma do pioneirismo. É uma nova fronteira simbolizada pela juventude de Palmas, a capital que tem metade de sua população com até 18 anos.
O movimento para a conclusão da rodovia BR-153, entre Erechim e Passo Fundo está sendo liderado pela AMAU – Associação dos Municípios do Alto Uruguai e conta com a solidariedade do deputado federal Beto Albuquerque, que pela sua ação de apreço a região já conseguiu junto ao governo federal, sensíveis melhorias no trevo de acesso a cidade, por exemplo.
O assunto está com o Superintendente do DENIT-RS, Marcos Lederman. Já é um bom começo. O Rio Grande do Sul, segundo projeção do programa Estruturante Duplica-RS do governo do Estado, deverá somar até o fim deste ano na sua frota de veículos mais 290 mil carros, e para 2010, 800 mil novos veículos. Precisamos ter estradas, boas estradas. Mesmo assim, não fica afastado o perigo de termos colapsos nas nossas rodovias. Um dado revelado pelo Secretário de Infra-Estrutura e Logística, durante o Seminário sobre Infra-Esttrutura Rodoviária promovido pelo Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, que chamou a atenção de todos, é que até março do ano que vem mais 1.000 caminhões serão incorporados a frota gaúcha somente para o transporte da produção de leite no estado. Ora, só estes dados justificariam o término das obras da BR-153, entre Erechjim e Passo Fundo. Vamos ficar torcendo para que isso aconteça no menos tempo possível.