PSB participou de 100 coligações vitoriosas

Nov 12 2008
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Jornal do Comércio – Porto Alegre, 11/12/2008

Na presidência estadual do PSB desde 1995, Caleb de Oliveira avalia como positiva a participação de seu partido nas eleições municipais deste ano. A Sigla conquistou o executivo em 12 cidades do Rio Grande do Sul e participou de mais de 100 coligações vencedoras. Caleb salienta, ainda, a reeleição de prefeitos do PSB em cidades como Santana do Livramento e Cachoeirinha. Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, o presidente do PSB- RS ainda projeta a candidatura do deputado federal Beto Albuquerque (PSB) ao governo do Estado.

Jornal do Comércio – Como o senhor avalia a eleição deste ano para o PSB?

Caleb de Oliveira – O partido cresceu e está em todas as regiões do estado, temos um número razoável de vereadores, reelegemos 12 prefeitos em municípios de porte médio, como Nova Prata, Rosário do Sul, Santana do Livramento e Cachoeirinha, que têm importância regional. Nacionalmente, fomos um dos partidos de maior crescimento, com 78% de aumento no número de candidatos eleitos.

JC – E aqui no Estado?

Caleb – Em 2004 foram oito prefeitos e 83 vereadores. Agora, elegemos 12 prefeitos e 115 vereadores. Estaremos em governos municipais, com uma participação bem boa. Fizemos parte de mais de 100 coligações vencedoras. Participamos da eleição em 217 cidades que representam quase 90% do eleitorado. Mais importante que o crescimento numérico é o fato de termos representação em todas as regiões do Estado. Seguiremos neste esforço, criando estruturas regionais de acompanhamento dos municípios, que serão formadas por membros do diretório estadual, prefeitos, vereadores, vice-prefeitos.

JC – E Porto Alegre?

Oliveira – Porto Alegre foi uma espécie de ensaio. Conseguimos uma tereceira via em torno da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), que foi muito bem sucedida e que poderia ter ido ao segundo turno. Não foi por detalhes. Agrupamos PPS, PSB, PCdoB, PR e outros partidos menores.

JC – O partido vai indicar algum nome para concorrer ao governo do estado em 2010?

Oliveira. A possibilidade é muito forte. Trabalhamos com o nome do deputado Beto Albuquerque (PSB), que está no quinto mandato, três como deputado federal. Ele é líder do governo Lula na Câmara, um dos deputados mais influentes em Brasília, e é um forte concorrente numa eventual chapa majoritária. O que vai determinar a possibilidade de o Beto ser ou não candidato é a nossa capacidade de produzir alianças.

JC – Com quem o partido pretende conversar?

Oliveira – A eleição municipal acontece muito vinculada as relações locais, por exemplo, os partidos com quem temos mais alianças no Estado são: PMDB e PT. Mas as relações que são estabelecidas na eleição municipal não são obrigatoriamente determinante para as eleições gerais. Vamos procurar os partidos com quem temos maior facilidade de conversar, como PDT, PCdoB, PR e o PPS, aqui no estado, em função desta relação criada na disputa a Porto Alegre. Mas não deixaremos de conversar com outros partidos, principalmente o PMDB, assim como o PTB, que é definitivo neste processo. E o PP, com quem temos uma relação muito boa, vamos governar muitas prefeituras juntos. Deste caldo sairão os nomes para o governo do estado.