Para líder do PSB, 2010 não pode ficar entre Serra e Dilma

Dec 20 2008
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Portal Vermelho – São Paulo, 19/12/2008Para líder do PSB, 2010 não pode ficar entre Serra e Dilma O PSB reforçou nesta sexta-feira (12) o discurso de um candidato próprio na disputa pela sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições de 2010. O recado foi dado no Recife (PE) durante encontro entre a cúpula do PSB e os prefeitos eleitos pela legenda no pleito de outubro. "Não podemos deixar essa eleição ser um mano a mano entre Serra (José Serra, governador de São Paulo) e Dilma", disse o vice-líder do governo na Câmara e segundo vice-presidente do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS).

"Achamos que temos chance de liderar uma corrente para concorrer a Presidência da República. Temos que nos preparar para ter candidato", afirmou.

O parlamentar afirmou que este não é o momento de se discutir a definição de um nome para representar o partido na eleição. Reconheceu, entretanto, que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) é o correligionário com mais força para assumir a missão.

"A primazia hoje, até por ter concorrido duas vezes, é do Ciro. Ele teve o dobro de votos da Dilma nesta última pesquisa", afirmou. Pesquisa Datafolha, divulgada na segunda-feira, mostrou Ciro Gomes com 15% das intenções de voto para 2010, contra 8% de Dilma.

O vice-presidente do PSB disse considerar natural a preferência de Lula por Dilma, já que ambos são do PT. "Essa é uma imposição partidária", falou.

Segundo o vice-líder do governo, a prioridade do PSB é discutir soluções para a crise financeira global e seus impactos sobre a economia nacional. "A hora não é de eleitoralizar 2009. Neste momento, o que está em jogo é o interesse do Brasil. Esta não é uma crise aparente", afirmou.

A crise financeira internacional foi um dos principais temas do encontro do PSB. Ciro Gomes aproveitou a oportunidade para marcar a sua posição sobre o assunto. Para o deputado, a economia do Brasil não quebrará desta vez porque o País conta com reservas internacionais e investimentos diretos estrangeiros.

Ciro, no entanto, não poupou o Banco Central. "Devemos ficar atentos com o equívoco grosseiro do Banco Central, que agravou o fator externo com uma inexplicável pancadaria na taxa de juros, vendo uma inflação de demanda que absurdamente não existe", disse.

"Não quebraremos, mas cresceremos menos. Este ano o Produto Interno Bruto foi de 6%. Ano que vem, essa porcentagem será reduzida a 2,5% e olhe lá", afirmou Ciro.

Fonte: Reuters