Inovação e Tecnologia: Univates aposta na silvicultura
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O Informativo do Vale – Lajeado, 07/03/2009
Vale do Taquari – Se há 50 anos você chegasse em Taquari e perguntasse para um “colono” o que significava silvicultura, ele provavelmente perguntaria que “diabos” era aquilo. Mas se você falasse plantador de mato, ele lhe perguntaria. “Por que não disse logo?” A tradição do município na lida com madeira é até mais antiga do que próprio termo. Aproveitando essa vocação que começou em Taquari e se estendeu para outras cidades, como Santa Clara do Sul e Roca Sales, que há alguns anos começaram a investir na floricultura, a região, por meio da Univates, aposta na inovação tecnológica do segmento.
Por intermédio do Projeto Fortalecimento do Setor de Silvicultura de Pequenos Produtores, a instituição pretende desenvolver técnica de clonagem de espécies de interesse de silvicultores, produtores de erva-mate e floricultores. A intenção do centro universitário é capacitar cerca de 300 trabalhadores por ano, gerando a longo prazo cerca de quatro mil empregos diretos e indiretos na região.
Para colocar a inciativa em prática, a Univates já conta com recurso. Do Ministério da Ciência e Tecnologia chegaram R$ 500 mil. Outros R$ 50 mil foram repassados pela Prefeitura de Lajeado, como contrapartida ao investimento do governo federal – medida indispensável para o repasse da verba da União.
Em evento realizado ontem na instituição de ensino, o deputado federal Beto Albuquerque, que intermediou a liberação da verba, destacou a importância da parceria com o centro universitário. “É uma instituição que não tem vocação apenas para formar as pessoas. Tem uma visão voltada à promoção do desenvolvimento regional”, analisa.
Para o parlamentar, o investimento em inovação e tecnologia é a chave para os diferentes setores produtivos tornarem-se competitivos, mesmo em meio à crise global. “Nós, gaúchos, somos muito ufanistas. Nos achamos melhores em tudo. Mas já somos piores em muita coisa. Estamos desatualizados. Por isso, naquilo que já somos bom, podemos nos articular e sermos muito melhores. Para que isso ocorra é preciso investir em projetos como esse que fortalece uma vocação regional,” comenta. “Esse setor pode se modernizar, punir menos o meio ambiente, tornar-se competitivo e ainda ganhar dinheiro. Mas é preciso apostar na inovação e tecnologia”, alerta.
Visão estratégica
Para o reitor da Univates, Ney Lazzari, o investimento na silvicultura reduz a dependência da região no setor alimentício, contemplando um segmento já estruturado em alguns municípios. Entre os beneficiados pelo programa estão silvicultores, floricultores e produtores de erva-mate de Taquari, Roca Sales, Santa Clara do Sul e Arvorezinha.
O evento realizado na Univates contou com a presença de autoridades dos municípios contemplados; do presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florais (Ageflor), Roque Justen; de representantes da Associação dos Produtores e Comerciantes de Flores e Plantas Ornamentais do Vale do Taquari (Aflovat); do deputado estadual Miki Breier; e do prefeito de Bom Retiro do Sul, Celso Pazuch, que representou a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat).
Saiba mais
Para dar prosseguimento ao projeto, a Univates irá desenvolver mudas de maior qualidade e distribuí-las aos produtores rurais dos municípios contemplados. A intenção, com isso, é aumentar a produção e o valor agregado dos produtos. Para colocar o projeto em prática, o centro universitário irá instalar estufas e estruturar o laboratório, bem como qualificar a mão-de-obra que atua no cultivo das espécies.
Ermilo Drews