Táticas lembram primeira investigação do Detran
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Correio do Povo – Porto Alegre, 8/9/2009
A estratégia da base aliada na CPI da Corrupção lembra aquela adotada durante a primeira comissão instaurada na Assembleia para apurar irregularidades no departamento de trânsito gaúcho, a CPI do Novo Detran, durante o governo de Antônio Britto (1995-1998), então no PMDB. Instituídos em setembro de 1997, os trabalhos tinham o objetivo de apurar possíveis irregularidades na formatação do novo Detran, como fraudes em licitações, favorecimento de empresas e problemas na terceirização da vistoria de veículos e da emissão de carteiras de motorista.
Como ocorre com a atual CPI, a comissão era composta por quatro integrantes da oposição e oito da base aliada do governo. Sua presidência ficou a cargo do deputado Beto Albuquerque (PSB) e a relatoria coube ao peemedebista Alexandre Postal. Também desde o início, as reuniões foram marcadas por desentendimentos entre os deputados. Os oposicionistas acusavam a base de criar obstáculos ao andamento dos trabalhos. A base argumentava que faltavam provas. 'Tudo era difícil, desde obter a concordância para a oitiva de uma testemunha até aprovar a requisição de um documento. Acabamos por protocolar um relatório em paralelo. Nossa vitória foi conseguir implodir com a privatização da inspeção veicular', avalia Beto Albuquerque, hoje deputado federal.
Após três meses de trabalhos os quatro oposicionistas – além de Beto, Pompeo de Mattos (PDT), Vieira da Cunha (PDT) e Cecilia Hypolito (PT) – fizeram uma renúncia coletiva e apresentaram um relatório em separado, que gerou ações no Ministério Público estadual. 'O relatório fazia o prenúncio de tudo o que vemos hoje', diz Beto. 'É um absurdo comparar aquela CPI com as outras. A falcatrua no Detran não está no modelo e nem na licitação. O Beto renunciou porque não conseguiu provar nada', rebate o deputado Postal. O relatório final oficial concluiu que não foram apuradas na CPI infrações que pudessem anular o processo licitatório.
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