Além dos estudantes reivindicarem melhorias acadêmicas, deputados cobram reais investimentos
Diante da sede, alunos protestaram neste mês
Discussões sobre a reestruturação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) voltaram à tona entre estudantes e também na Assembléia Legislativa nesta semana. Após o tema ser debatido em reunião na segunda-feira por integrantes da bancada do PSB, o líder do partido no Legislativo, deputado Mikki Breier, disse ontem que os deputados pedirão, além do apoio de estudantes e professores, o apoio de Câmaras de Vereadores de municípios onde há unidades da instituição. Segundo o deputado, a Uergs estaria passando por processo de sucateamento, que incluiria falta de docentes, e valores para custeio e investimento inferiores aos previstos.
Dados apresentados por Breier indicam que a universidade teria R$ 13,1 milhões previstos para custeio em 2007, mas os valores no orçamento enviado ao Legislativo apontariam cifra inferior: R$ 5,9 milhões. Em relação a verbas para investimento, a diferença entre a previsão (R$ 1,7 milhão) e o orçamento (R$ 900 mil) seria de R$ 800 mil. O parlamentar lembrou ainda que a instituição enfrenta a falta de professores, o que estaria inviabilizando aulas.
Ontem, o pró-reitor de Administração e Planejamento da Uergs, Sérgio Fernandes, disse que as diferenças apontadas pelo deputado sobre verbas para custeio e investimento levam em conta só recursos do Tesouro do Estado. 'É uma questão de leitura. Quando se fala de R$ 13,1 milhões, este montante é integrado por R$ 5,9 milhões do Tesouro mais os R$ 4,5 milhões dos convênios e de recursos próprios.' O mesmo disse ocorrer em relação aos investimentos.
Quanto aos professores, Fernandes lembrou os contratos emergenciais judicialmente considerados nulos no final de 2006. Por isso, explicou, 284 professores precisaram ser dispensados até abril. Mas ressalvou que, depois, 80 docentes fizeram concurso público em caráter definitivo e foram contratados, e outros 150 providos por meio da lei de contratos emergenciais. 'Até o fim do ano faremos novos concursos', adiantou.
