Indefinição de Ciro causa tensão no PSB

Dec 13 2010
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JORNAL DO COMMÉRCIO – PERNAMBUCO
Convidado pela própria Dilma Rousseff para o ministério, deputado
cearense pede um tempo para decidir, gera insatisfação da bancada
federal eleita e deixa Eduardo Campos em compasso de espera
Assim como na campanha, mais uma vez o deputado Ciro Gomes (CE) se
transforma em um fator de tensão no PSB. Obrigado a desistir da disputa
pela Presidência da República, Ciro deu declarações recentes de que
gostaria de participar do novo governo, o que levou a presidente eleita
Dilma Rousseff a comunicar ao PSB que quer tê-lo no Ministério da
Integração Nacional, cargo que ele exerceu no primeiro mandato do
presidente Lula e pasta na qual o governador Eduardo Campos, presidente
nacional do PSB, quer emplacar o secretário de Desenvolvimento
Econômico, Fernando Bezerra Coelho. A ida de Ciro ao primeiro escalão
desagrada a bancada do PSB na Câmara dos Deputados.
Dilma comunicou sua pretensão no sábado a Eduardo e ao governador do
Ceará, Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro, a quem coube transmitir o recado
da presidente. O deputado cearense está na Europa e havia dito que
“iria pensar” – na semana passada, ele teria recusado ocupar de novo a
Integração Nacional para não virar “figurinha carimbada”. O PSB aguarda
uma resposta de Ciro para definir sua participação no ministério de
Dilma. Se ele aceitar, Bezerra Coelho será deslocado para a Secretaria
Especial de Portos, que agregaria a gestão da Aviação Civil e o comando
da Infraero às suas atribuições. Se Ciro recusar, Bezerra deve assumir
a Integração Nacional e a pasta de Portos ficaria com um deputado
federal do PSB, Márcio Fortes (SP) ou Beto Albuquerque (RS). A
definição deve sair até quarta (15).
Submerso desde o fim do segundo turno, o pleito de Ciro Gomes de
participar do futuro governo surpreendeu a todos. A bancada do PSB
resiste, pressionando Eduardo para não indicá-lo. Seus companheiros de
partido bombardearam a reivindicação alegando que ele passou o tempo
desdenhando de qualquer cargo no governo e com o discurso de que
“queria dar um tempo” na vida pública. “Vão colocar o Ciro no
ministério e dane-se o resto. Crescemos para diminuir”, reclamou um
integrante do PSB.
Nas últimas eleições, o PSB conquistou seis governos de Estado
(Pernambuco, Ceará, Piauí, Paraíba, Amapá, e Espírito Santo), além de
aumentar a bancada na Câmara de 27 para 34 deputados. Diante do
crescimento, os deputados esperavam ganhar uma vaga no futuro governo.
Entre os cotados para Portos, o presidente do PSB paulista, Márcio
Fortes, não conta com a simpatia do Palácio do Planalto. Além de o
acharem muito alinhado ao PSDB, os petistas o responsabilizam pela
idealização da candidatura derrotada do empresário Paulo Skaf ao
governo de São Paulo. O PT queria que o PSB apoiasse Aloizio
Mercadante, que perdeu para o tucano Geraldo Alckmin. Beto Albuquerque
é mais palatável no Planalto. Ele foi secretário de Transportes do
governo do Rio Grande do Sul, na gestão do petista Olívio Dutra, no
mesmo período em que Dilma era secretária de Minas e Energia
(1999/2002).
SOCIAL
No sábado, Dilma se encontrou, na Granja do Torto, com Tereza Campelo,
e a convidou para ser a nova ministra do Desenvolvimento Social, em sua
cota pessoal. Campelo é a atual subchefe de Articulação e Monitoramento
da Casa Civil.

JORNAL DO COMMÉRCIO – PERNAMBUCO
Indefinição de Ciro causa tensão no PSB

Convidado pela própria Dilma Rousseff para o ministério, deputado 
cearense pede um tempo para decidir, gera insatisfação da bancada 
federal eleita e deixa Eduardo Campos em compasso de espera 
Assim como na campanha, mais uma vez o deputado Ciro Gomes (CE) se 
transforma em um fator de tensão no PSB. Obrigado a desistir da disputa 
pela Presidência da República, Ciro deu declarações recentes de que 
gostaria de participar do novo governo, o que levou a presidente eleita 
Dilma Rousseff a comunicar ao PSB que quer tê-lo no Ministério da 
Integração Nacional, cargo que ele exerceu no primeiro mandato do 
presidente Lula e pasta na qual o governador Eduardo Campos, presidente 
nacional do PSB, quer emplacar o secretário de Desenvolvimento 
Econômico, Fernando Bezerra Coelho. A ida de Ciro ao primeiro escalão 
desagrada a bancada do PSB na Câmara dos Deputados. Dilma comunicou sua pretensão no sábado a Eduardo e ao governador do 
Ceará, Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro, a quem coube transmitir o recado 
da presidente. O deputado cearense está na Europa e havia dito que 
“iria pensar” – na semana passada, ele teria recusado ocupar de novo a 
Integração Nacional para não virar “figurinha carimbada”. O PSB aguarda 
uma resposta de Ciro para definir sua participação no ministério de 
Dilma. Se ele aceitar, Bezerra Coelho será deslocado para a Secretaria 
Especial de Portos, que agregaria a gestão da Aviação Civil e o comando 
da Infraero às suas atribuições. Se Ciro recusar, Bezerra deve assumir 
a Integração Nacional e a pasta de Portos ficaria com um deputado 
federal do PSB, Márcio Fortes (SP) ou Beto Albuquerque (RS). A 
definição deve sair até quarta (15).
Submerso desde o fim do segundo turno, o pleito de Ciro Gomes de 
participar do futuro governo surpreendeu a todos. A bancada do PSB 
resiste, pressionando Eduardo para não indicá-lo. Seus companheiros de 
partido bombardearam a reivindicação alegando que ele passou o tempo 
desdenhando de qualquer cargo no governo e com o discurso de que 
“queria dar um tempo” na vida pública. “Vão colocar o Ciro no 
ministério e dane-se o resto. Crescemos para diminuir”, reclamou um 
integrante do PSB. 
Nas últimas eleições, o PSB conquistou seis governos de Estado 
(Pernambuco, Ceará, Piauí, Paraíba, Amapá, e Espírito Santo), além de 
aumentar a bancada na Câmara de 27 para 34 deputados. Diante do 
crescimento, os deputados esperavam ganhar uma vaga no futuro governo. 
Entre os cotados para Portos, o presidente do PSB paulista, Márcio 
Fortes, não conta com a simpatia do Palácio do Planalto. Além de o 
acharem muito alinhado ao PSDB, os petistas o responsabilizam pela 
idealização da candidatura derrotada do empresário Paulo Skaf ao 
governo de São Paulo. O PT queria que o PSB apoiasse Aloizio 
Mercadante, que perdeu para o tucano Geraldo Alckmin. Beto Albuquerque 
é mais palatável no Planalto. Ele foi secretário de Transportes do 
governo do Rio Grande do Sul, na gestão do petista Olívio Dutra, no 
mesmo período em que Dilma era secretária de Minas e Energia 
(1999/2002). 
SOCIAL
No sábado, Dilma se encontrou, na Granja do Torto, com Tereza Campelo, 
e a convidou para ser a nova ministra do Desenvolvimento Social, em sua 
cota pessoal. Campelo é a atual subchefe de Articulação e Monitoramento 
da Casa Civil.