Para abrigar Ciro e interesses partidA?rios, legenda tenta convencer a presidente eleita. Resposta virA? no fim de semana
Depois de quase seis horas de tensas conversas, o PSB apresentou A� equipe da presidente eleita, Dilma Rousseff, uma fatura de trA?s ministA�rios. O PCdoB fechou duas posiA�A�es: a manutenA�A?o do MinistA�rio do Esporte, a ser ocupado pela ex-prefeita de Olinda Luciana Santos, e a Autoridade PA?blica OlA�mpica (APO), para onde irA? o atual ministro, Orlando Silva. Assim que saiu da conversa com Dilma, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, comeA�ou a avisar o partido da insistA?ncia de Dilma em ter uma mulher no comando do Esporte, deslocando Orlando para a APO. O PCdoB queria manter Orlando, mas o prA?prio Lula jA? tinha pedido ao ministro que nA?o concorresse a um cargo de deputado para assumir a APO.
O anA?ncio do nome de Luciana deve ficar para terA�a-feira, com os nomes do PSB, um dos poucos partidos que Dilma ainda nA?o fechou o espaA�o. Na noite de quarta-feira, o presidente da legenda, Eduardo Campos, o vice, Roberto Amaral, e o governador do CearA?, Cid Gomes, levaram ao futuro ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, o pedido de trA?s postos a�� um para o CearA? de Cid e Ciro Gomes, que foi convidado a participar do governo Dilma e aceitou, e os outros dois que jA? estA?o na cota do partido. O pedido foi bem recebido, mas a resposta sA? virA? no domingo, atA� porque a pasta que o deputado Ciro Gomes gostaria, o MinistA�rio da SaA?de, estA? praticamente reservada para Alexandre Padilha. Segundo informaA�A�es da equipe de transiA�A?o, ele teria sido inclusive convidado para o cargo. Se a resposta for negativa, hA? entre os socialistas quem defenda que o partido reavalie se deve participar do governo.
Reserva
Faltam 14 ministA�rios para Dilma anunciar oficialmente os titulares, mas a maioria dos postos jA? ostenta a placa de a�?reservadoa�?. Quando comeA�ou a montar o ministA�rio, ela havia oferecido ao PSB trA?s postos a�� IntegraA�A?o Nacional, Secretaria de Portos e, ainda, a pasta a ser criada, o ministA�rio da Pequena e Micro Empresa. Esse novo cargo, entretanto, vinha com o nome do senador AntA?nio Carlos Valadares (PSB-SE) acoplado. O senador recusou a oferta por nA?o considerar certo criar um lugar apenas para abrir espaA�o ao presidente do PT, JosA� Eduardo Dutra, seu suplente no Senado. Valadares achou que, assim, o ministA�rio comeA�aria enfraquecido.
Com a recusa de Valadares, o MinistA�rio da Pequena e Micro Empresa voltou para a cesta de Dilma e nA?o se falou mais nisso. Como Ciro tambA�m havia dito a Eduardo Campos que, originalmente, nA?o queria ser ministro, ficou acertado que Campos indicaria o ministro da IntegraA�A?o a�� a prioridade A� o secretA?rio Fernando Bezerra Coelho a�� e a bancada apresentaria um dos seus para a Secretaria de Portos a�� o primeiro nome foi o de MA?rcio FranA�a (SP), que o PT considera meio tucano. O segundo, o do deputado Beto Albuquerque (RS).
Na semana passada, Dilma telefonou para Ciro por sugestA?o de Eduardo Campos. Foi quando ela convidou e ele aceitou participar do governo. Ciro ficou de vir a BrasA�lia, mas, dado os problemas causados dentro do seu prA?prio partido e do PMDB de Michel Temer, a quem Ciro jA? chamou de a�?chefe de quadrilhaa�?, o deputado se recolheu. Cid, no papel de porta-voz do irmA?o, fez tensas reuniA�es com Eduardo Campos e a cA?pula do partido. Avaliaram que em dois ministA�rios ou postos importantes, alguA�m sairA? do processo com cara de derrotado. Por isso, em vez de se dividir, o PSB considerou mais acertado pedir a Dilma mais um lugar. A� aA� que estA? um dos A?ltimos nA?s que Dilma precisa desatar para fechar a sua equipe.
