Deputado Beto (C) propôs prioridade do tema entre as bancadas da região sul do país
A inclusão no Plano Nacional de Viação do governo federal (Lei 4592/64) de uma ferrovia interligando os Estados membros do Conselho de Desenvolvimento e Integração do Sul (Codesul) com o resto do país será pauta prioritária para as bancadas dos quatro Estados da região sul do Brasil. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (09) em reunião chamada pelo coordenador da bancada gaúcha no Congresso Nacional, deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), com os colegas coordenadores das bancadas de Santa Catarina, José Carlos Vieira (PR-SC), do Paraná, Alex Canziani (PTB-PR), e do Mato Grosso do Sul, Waldemir Moka (PMDB-MS).
Beto avalia que a recente resposta do Ministério dos Transportes a ofício enviado pela bancada gaúcha abre as portas do governo para que se dê andamento ao processo de interligação da malha da Ferrovia Norte-Sul – já realizada de Belém (PA) a Panorama (SP) – até o Porto de Rio Grande (RS). Este traçado, de Panorama (SP) até Rio Grande (RS), tem cerca de 1.600 quilômetros.
De acordo com nota técnica da Secretaria Nacional de Transportes, esta complementação da Ferrovia Norte-Sul possibilitará a conexão de Porto de Vila Conde, no Pará, ao Porto de Rio Grande, no RS. Trata-se de malha ferroviária de alta capacidade capaz de atender necessidades de movimentação de cargas passando por diversas regiões do país.
“Se há uma porta aberta do governo acho que nossas bancadas devem trabalhar unidas e tornar este tema prioritário para que possamos incluir esse traçado no Plano nacional”, sugeriu Beto. A proposta foi prontamente aceita pelos coordenadores das demais bancadas da região sul do país.
Em dezembro do ano passado, a bancada gaúcha intermediou audiência com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, para tratar do tema. O deputado estadual gaúcho Jerônimo Göergen (PP) entregou ao ministro relatório de comissão criada na Assembléia gaúcha para tratar da criação do traçado até o Porto de Rio Grande, argumentando a necessidade de se acabar com a sensação de isolamento da região sul com relação ao projeto de ferrovias da União. Foi quando o ministro determinou um estudo a respeito que acabou resultando nesta resposta favorável encaminhada à bancada gaúcha em janeiro deste ano.
MAIOR PARTICIPAÇÃO
O esforço do governo federal tem sido no sentido de acelerar uma mudança na matriz de transportes no Brasil, hoje predominantemente rodoviário. Para isso, a União tem trabalhado no sentido de alterar o regime de concessão ferroviária no país. O Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT) busca dobrar até 2025 a participação das ferrovias, que hoje respondem por apenas 13% do transporte do país. A subutilização da malha ferroviária é considerada pelas autoridades do setor um problema crônico que precisa ser solucionado o mais urgente possível.
