Coligação proporcional poderá afastar PP do PSDB
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CORREIO DO POVO – Editoria de Política
PORTO ALEGRE, QUINTA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2010
Das três condições estabelecidas pelo PP para apoiar o candidato de outro partido na disputa pelo Palácio Piratini, pelo menos uma delas, a que prevê coligação na eleição majoritária e na proporcional, poderá afastar a sigla do PSDB, que tentará reeleger a governadora Yeda Crusius. “Não abrimos mão disso, é um problema que eles terão que resolver”, afirmou Pedro Bertolucci, presidente estadual do PP.
Apesar de a situação não ter sido debatida em “miúdos” entre as direções partidárias, como definiu Bertolucci, é de conhecimento dos progressistas a indisposição dos tucanos para coligar no pleito proporcional. A avaliação é de que o procedimento poderia tornar as bancadas estadual e federal do PP muito mais numerosas em relação ao PSDB. “Eles conhecem a nossa linha, terão que se encaixar. A aliança na proporcional também é boa para eles, basta fazer os cálculos”, argumentou Bertolucci.
O deputado federal Beto Albuquerque (PSB), pré-candidato ao Palácio Piratini, aposta que a falta de acordo com o PSDB nas eleições ao Legislativo irá aproximar o PP ainda mais do seu projeto de alternativa eleitoral ante a polarização política entre o PT e o PMDB. “Estamos totalmente abertos para acertar isso. Nós já sinalizamos que faremos a coligação na proporcional para viabilizar a candidatura da frente ampla”, confirmou Beto. As outras duas condições do PP para compor a chapa de outra legenda ao governo estadual já foram garantidas tanto pelo PSDB quanto pelo PSB. Os progressistas querem ter o direito de ocupar a candidatura prioritária ao Senado e de indicar o postulante ao cargo de vice-governador. “Como não teremos candidato próprio, adotamos esta estratégia para sairmos do pleito fortalecidos, com musculatura. Por isso, não abriremos mão”, reafirmou o presidente do PP.
Ontem, Bertolucci e Beto debateram a questão eleitoral por telefone. Eles projetaram uma reunião para as próximas semanas e chegaram ao consenso de que a decisão sobre as coligações terá de sair até a primeira quinzena de abril.
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