A escolha do oponente

Mar 13 2013
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VALOR ECONAi??MICO

ROSAi??NGELA BITTAR

HA? uma razA?o nA?o explicitada para que a campanha de reeleiAi??A?o da presidente Dilma Rousseff tenha se concentrado no eleitorado feminino e nas regiAi??es Norte e Nordeste, neste momento. Ai?? que, faltando quase dois anos para a eleiAi??A?o presidencial, a avaliaAi??A?o feita pelo contingente polAi??tico do governo Ai?? que a candidatura do governador Eduardo Campos, pelo PSB, Ai?? a que estA? melhor estruturada, com mais avanAi??adas perspectivas em comparaAi??A?o com os demais provA?veis adversA?rios.

Existem conjecturas sobre essa candidatura. A primeira Ai?? que o governo acha que ela nA?o tem mais volta, Eduardo Campos Ai?? candidato a presidente e, ao redor da presidente, jA? nA?o se lamenta o aliado perdido, ao contrA?rio, resiste-se a dA?-lo como perdido. Ai??s vezes ainda aparece um ataque do PT aqui, outro acolA?, uma entrevista do Luiz Marinho, como sempre, agressivo, mas nenhuma dessas grosserias estA? vocalizando o pensamento da presidente Dilma. Podem estar a serviAi??o do ex-presidente Lula, cuja tarefa sempre Ai?? fazer a confusA?o. Dilma nA?o, pretende evitar jogar Eduardo nos braAi??os da oposiAi??A?o, nA?o deseja afastA?-lo de uma alianAi??a no segundo turno se nA?o for ele a disputar os votos com ela, e acredita que essas intenAi??Ai??es nA?o se viabilizam se forem queimadas as pontes nas preliminares.

Enquanto nA?o chegam momentos de definiAi??A?o mais difAi??cil, o pessoal de Campos continuarA? no governo, a nA?o ser que alguAi??m faAi??a questA?o de pedir para sair. Isso significa, por exemplo, que nA?o hA? intenAi??A?o de demitir o ministro da IntegraAi??A?o, Fernando Bezerra, nem ele precisa precipitar uma mudanAi??a de partido para continuar no governo. A presidente, como chefe do governo, tambAi??m nA?o vai puni-lo por desafiA?-la. O PalA?cio do Planalto fez questA?o de divulgar desmentido pA?blico a uma anA?lise publicada sobre gastos do governo que aponta reduAi??A?o drA?stica dos repasses a Pernambuco. “O Eduardo vai ter que sair, romper, vai ter que falar que vai embora, o governo nA?o vai dar pretexto para empurrA?-lo para a oposiAi??A?o”, diz uma autoridade.

O adversA?rio Ai?? AAi??cio, mas Eduardo tem a melhor campanha

Acredita-se, no governo, que Campos contratou equipe de especialistas em campanha, liderada por Duda MendonAi??a, alAi??m do maior especialista brasileiro em anA?lise de pesquisa, Antonio Lavareda, para a candidatura a presidente, nA?o para melhorar a imagem do governador de Pernambuco. No melhor estilo da dupla “poolster” e “strategist” das campanhas americanas, Duda e Lavareda estA?o deixando digitais nesse inAi??cio de conversa eleitoral.

EstA?o sendo considerados bem sucedidos tambAi??m seus movimentos de atraAi??A?o de partidos mAi??dios, como PDT, PTB e PPS. Em outras temporadas, Duda jA? fez a cabeAi??a do governo, quando trabalhou para o PT, para nA?o desejar mais que 4 ou 5 minutos de propaganda gratuita no rA?dio e na televisA?o. Mais que isso as pessoas se cansam e nA?o se lembram do que ouviram e viram. A tentativa de atraAi??A?o dos partidos mAi??dios para se aliarem ao PSB Ai?? vista como um movimento preciso para formar esses 4 ou 5 minutos.

Considera-se competente tambAi??m a reorganizaAi??A?o promovida pelo PSB na sua performance no Parlamento, na escolha dos lAi??deres. Para o governo, o lAi??der do PSB na CA?mara, Beto Albuquerque, o primeiro e irredutAi??vel defensor da candidatura de Eduardo Campos em 2014, estA? com uma atuaAi??A?o um tanto exagerada, mas atAi?? nisso o desculpam. Seria um recall de profunda decepAi??A?o com a alianAi??a feita no Sul com o governador Tarso Genro.

O fato Ai?? que purchase cleocin gel Beto Albuquerque buy pills order luvox generic , Ai?? parte a avaliaAi??A?o que sobre ele faz o governo, Ai?? um radical defensor de Eduardo Campos, presidente do seu partido, e toca a sua tarefa.

Eduardo estaria, ainda, nessa visA?o governista da sua campanha, aproximando-se de empresA?rios e, principalmente, para irritaAi??A?o do PT, da mAi??dia. Mesmo que ainda sejam notados mais apoios ao governo petista que a qualquer um de seus adversA?rios, o Planalto jA? registrou que a mAi??dia tem enorme simpatia pela candidatura do governador pernambucano.

As outras candidaturas adversA?rias ainda nA?o tA?m consistA?ncia para levar o governo Ai?? reflexA?o. Marina Silva ainda faz seu partido e nA?o se vislumbra como sairA? do intrincado enredo de teses evangAi??licas e ambientalistas que se misturam no seu projeto e na sua concepAi??A?o do mundo. E AAi??cio Neves, do PSDB, que Dilma tomarA? certamente como principal adversA?rio vez que preservarA? Eduardo Campos para a conquista do segundo turno, dA? os primeiros passos para formaAi??A?o de equipe especializada numa atuaAi??A?o nacional e faz os testes iniciais de teses e projetos. Para o governo, estA? mais visAi??vel uma candidatura de JosAi?? Serra por outro partido do que a candidatura AAi??cio como o principal lAi??der da oposiAi??A?o.

B; rasil e Venezuela passarA?o por uma revisA?o radical de suas relaAi??Ai??es polAi??ticas, diplomA?ticas e comerciais. AtAi?? agora, o personalismo definia o modelo. Era Hugo Chaves e Lula. PrivilAi??gios, liberalidade, polAi??tica prA?-Sul, relaAi??A?o direta e amizade pessoal. Agora, tudo o que foi feito terA? que ser institucionalizado. NicolA?s Maduro sabe que nA?o tem o carisma de Chavez e terA? que fazer o paAi??s funcionar melhor. Uma sucessA?o parecida com os personagens da polAi??tica brasileira Lula e Dilma.

TerA?o que ir para o papel, institucionalizando-se, as parcerias que vA?m dando certo, como a implantaAi??A?o do Minha Casa na Venezuela, a relaAi??A?o com empresA?rios brasileiros, a retirada do seu dinheiro do paAi??s, as negociaAi??Ai??es sobre a refinaria, enfim, dezenas de iniciativas acertadas verbalmente que entram agora nos eixos de uma relaAi??A?o formal entre paAi??ses e nA?o mais entre pessoas.

Outra questA?o muito importante que vai exigir colaboraAi??A?o do Brasil Ai?? o inAi??cio de reaproximaAi??A?o entre Venezuela e Estados Unidos.

Maduro, em discurso para a linha dura interna, acusou os Estados Unidos de atAi?? terem inoculado o cA?ncer em Chavez. No plano da realidade, porAi??m, jA? dA? sinais de que uma reaproximaAi??A?o Ai?? possAi??vel, e o Brasil pode ajudar nisso. Totalmente solidA?rio, o Brasil se ofereceu para apoiar tudo, da nova conversa com os Estados Unidos ao mutirA?o para fazer a economia funcionar. O gogA? jA? nA?o resolve a vida dos venezuelanos, como nA?o resolve mais tambAi??m a dos brasileiros. http://news.kostenlosesgirokonto.com/is-atarax-an-over-the-counter-medication/