BRASA?LIA, 24 Jun (Reuters) – A proposta da presidente Dilma Rousseff de convocar um plebiscito para realizar a reforma polAi??tica agradou aos lAi??deres dos principais partidos aliados, mas a oposiAi??A?o lembrou que Dilma jA? havia defendido uma mudanAi??a no sistema polAi??tico do paAi??s ao tomar posse e nA?o mobilizou sua ampla base aliada.
A presidente propA?s o debate sobre a realizaAi??A?o de um plebiscito durante a reuniA?o nesta segunda-feira com governadores e prefeitos de capitais em que debateram o que fazer para responder Ai?? crescente onda de manifestaAi??Ai??es populares pelo paAi??s que jA? levaram milhAi??es Ai??s ruas.
Quero, nesse momento, propor o debate sobre a convocaAi??A?o de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte especAi??fico para fazer a reforma polAi??tica que o paAi??s tanto necessita”, propA?s a presidente.
O lAi??der do PMDB na CA?mara, maior partido da coalizA?o do governo no Congresso, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que Dilma estA? indo “por um bom caminho” ao fazer propostas concretas e que a tendA?ncia do partido Ai?? apoiar suas propostas, que ainda terA?o que ser debatidas com os parlamentares.
“Sem dA?vida Ai?? uma mudanAi??a de atitude (da presidente). Isso devia ser uma constante e nA?o apenas em momentos de crise”, afirmou Ai?? Reuters o peemedebista, que tem oferecido resistA?ncia Ai??s propostas do governo recentemente.
Segundo ele, uma reuniA?o da comissA?o executiva do PMDB estA? convocada para terAi??a-feira e esse tema pode ser debatido.
O lAi??der do PSB na CA?mara, Beto Albuquerque (PSB-RS), elogiou a disposiAi??A?o da presidente de se envolver no debate da reforma polAi??tica. “Mas ela deveria convocar logo uma constituinte exclusiva, ela tem prerrogativas para isso”, disse o socialista.
“AliA?s, devia ser uma constituinte exclusiva para debater alAi??m da reforma polAi??tica, a reforma tributA?ria tambAi??m”, acrescentou.
Albuquerque criticou, porAi??m, a falta de um pacto para a questA?o da seguranAi??a pA?blica entre os pactos propostos pela presidente. Dilma propA?s um acordo nacional com governadores e prefeitos por responsabilidade fiscal, saA?de, mais recursos para educaAi??A?o e transporte pA?blico, alAi??m da reforma polAi??tica.Ai?? “O PSB apoia os pactos, mas vai cobrar o pacto pela seguranAi??a”, disse Albuquerque.
O lAi??der do PT na CA?mara, JosAi?? GuimarA?es (PT-CE), afirmou que o partido apoiarA? as iniciativas lanAi??adas pela presidente, mas acredita que o Congresso poderA? ampliar essa pauta sugerida por Dilma, incluindo por exemplo a reforma tributA?ria.
Segundo ele, a reforma polAi??tica deve envolver o debate sobre o financiamento pA?blico, aumentar as possibilidades para consultas populares, incluir a fidelidade partidA?ria como clA?usula pAi??trea da ConstituiAi??A?o e modificar o sistema eleitoral.
JA? o lAi??der do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), disse que a presidente estA? fazendo uma “proposta oca”.
“Quando ela assumiu, veio ao Congresso e fez um discurso dizendo que apoiaria a reforma polAi??tica e depois nA?o deu um pio sobre isso”, argumentou o tucano, lembrando do discurso de posse de Dilma.
“Ela tem que dizer o que pensa sobre os problemas do paAi??s, ao invAi??s de ficar falando factoides”, criticou o senador.
Segundo ele, a presidente estA? fazendo isso para “jogar areia nos olhos dos brasileiros” e estA? “jogando suas responsabilidades sobre as costas dos outros, decretando a falA?ncia do seu governo”, disse.
