Protagonismo do PSB nA?o Ai?? briga com PT, sustenta Beto
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O deputado federal Beto Albuquerque (PSB) Ai?? um dos principais articuladores da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), Ai?? presidA?ncia da RepA?blica. Defensor da ideia de que o partido nA?o farA? um rompimento ao deixar o governo federal, e provavelmente a alianAi??a estadual com Tarso Genro (PT), o parlamentar defende o protagonismo da sigla.
Nesta entrevista ao Jornal do ComAi??rcio, o deputado contesta o financiamento pA?blico de campanha, defende a unificaAi??A?o das eleiAi??Ai??es e pede uma reforma de Estado que englobe mudanAi??as no Executivo e JudiciA?rio. Beto Albuquerque tambAi??m afirma a necessidade de desonerar os impostos e tributos do setor de transporte coletivo e a aprovaAi??A?o do projeto de lei complementar que destina 10% dos recursos da UniA?o para a saA?de.
Para o socialista, as manifestaAi??Ai??es de ruas que eclodiram pelo Brasil no mA?s de junho mostram um descompasso antigoentre as necessidades e demandas da populaAi??A?o e a resposta dos polAi??ticos. E afirma que quem nA?o adequar o discurso a este novo momento terA? uma resposta indesejada no prA?ximo ano, nas urnas.
Jornal do ComAi??rcio – Como estA? a articulaAi??A?o para a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para a presidA?ncia da RepA?blica?
Beto Albuquerque – Hoje Ai?? um sentimento 100% dentro do PSB de termos uma candidatura presidencial. O Eduardo Ai?? um cara novo, mas nA?o Ai?? um novo de aventuras, Ai?? um novo que jA? estA? num segundo mandato de governador. No governo de Pernambuco, A?reas como seguranAi??a pA?blica, saA?de e educaAi??A?o tA?m pactos que foram estabelecidos – antes de comeAi??ar o governo e discutidos com a sociedade – com objetivos e metas a serem alcanAi??ados, aferiAi??A?o de resultados regular e controle social das aAi??Ai??es. EntA?o Ai?? uma governanAi??a com controle social e apuraAi??A?o de resultados, algo que falta no Brasil. A aprovaAi??A?o do Eduardo, neste momento inclusive em que passou um ai???tsunamiai??? todo das manifestaAi??Ai??es, continua em 83% e isso Ai?? uma demonstraAi??A?o de vigor. O Brasil vive o fim de um ciclo polAi??tico-econA?mico, como vA?rios que jA? aconteceram, por isso, inclusive, um certo estresse na economia e na polAi??tica. Nesse cenA?rio, a gente pensa na candidatura do Eduardo.
JC – E para a disputa pelo PalA?cio Piratini?
Beto – No Rio Grande do Sul, integramos o governo, ajudamos a eleger Tarso (Genro), temos o vice-governador (Beto Grill) e nem em nAi??vel nacional e estadual estamos tratando de rompimento com o PT ou brigando com o PT. O raciocAi??nio do PSB nA?o Ai?? de briga e rompimento, Ai?? de protagonismo. Estivemos em todas as eleiAi??Ai??es do (ex-presidente) Lula (PT) e da (presidente) Dilma (Rousseff, PT) e nA?o fizemos isso a contragosto. Aqui ajudamos a eleger o Tarso e eu tinha 10% nas pesquisas a governador em 2010. Junto com a (deputada federal) Manuela dai??i??A?vila (PCdoB), que nos apoiava, tivemos a humildade de reconhecer que nA?o tAi??nhamos reunido ainda forAi??as para enfrentar uma candidatura prA?pria. Aqui no Estado, temos o problema dos grandes partidos nA?o apoiarem candidaturas de partidos pequenos. EntA?o, retiramos a candidatura e tenho certeza que o gesto ajudou o Tarso a vencer no primeiro turno. Agora, nA?o estamos fazendo um rompimento, queremos um palanque que apoie Eduardo.
JC – HA? articulaAi??Ai??es com o PDT, que estA? analisando a possibilidade de deixar o governo?
Beto – O PDT Ai?? um partido com que temos um histA?rico de relacionamento, assim como o PCdoB. Hoje, o PDT tem uma prAi??-candidatura aqui no Rio Grande do Sul, do deputado federal Vieira da Cunha. No Rio de Janeiro, tem o Miro Teixeira e o senador Pedro Taques no Mato Grosso, que sA?o candidaturas que o PSB vA? com A?timos olhos e que nA?o teria problema nenhum em apoiar, se a gente conseguir fazer o casamento nacional.
JC – E quais os outros partidos que podem entrar no leque de alianAi??as?
Beto – O PCdoB Ai?? um partido com que a gente trabalha muito aqui no Rio Grande do Sul e temos mantido conversas importantes. Com o PV tambAi??m temos conversado, e com o PSD, atravAi??s do (deputado federal) Danrlei. O PR, do CajA? Nardes. Ou seja, estamos atrA?s de uma alianAi??a leve, propositiva, contundente, para travar um bom debate nacional e estadual. JA? recebi visitas do PT, do PMDB – recentemente do senador Pedro Simon e do ex-ministro Mendes Ribeiro Filho, que me tocaram pela representaAi??A?o -, e da senadora Ana AmAi??lia (PP). Mas antes de qualquer diA?logo, digo que o PSB nA?o trabalha para ampliar seu nA?mero de deputados e nA?o faz exigA?ncias de governador, mas precisa de um palanque capaz de ampliar e potencializar a candidatura presidencial de Eduardo.
JC – Com a definiAi??A?o da candidatura de Campos e apoio a outro candidato ao governo do Estado, que nA?o seja Tarso Genro, o PSB sai do governo atAi?? o fim deste ano?
Beto – Sim. O PSB, se nA?o trilhar o caminho de permanecer politicamente junto com a candidatura da Dilma e do Tarso, vai sair do governo, evidentemente. Embora tenhamos ajudado a elegA?-los e nA?o estejamos de favor em nenhum dos governos. Mas a coerA?ncia manda que o partido, para tomar uma decisA?o de apresentar candidatura prA?pria ou nA?o, tanto aqui no Estado quanto a nAi??vel nacional, deva colocar Ai?? disposiAi??A?o os cargos que ocupa.
JC – Como avalia a participaAi??A?o do PSB no governo estadual apA?s sua saAi??da? O partido perdeu visibilidade?
Beto – SaAi?? do governo porque, de fato, tinha diferenAi??as de conduAi??A?o de gestA?o sobre vA?rios assuntos. Tinha uma opiniA?o divergente e nA?o concordei com muita gente falando sobre a mesma coisa. Ai?? muito difAi??cil fazer obra quando vocA? tem um colegiado dando palpites. E quando nA?o se confia na pessoa da ponta principal, que Ai?? o Daer (Departamento AutA?nomo de Estradas de Rodagem), que estA? sob administraAi??A?o do PT, pior ainda a situaAi??A?o. Contribuiu tambAi??m ter recebido o convite para retornar Ai?? CA?mara e assumir a lideranAi??a da bancada do PSB. Foi honroso ser secretA?rio do Tarso, nA?o quero negar isso. Meu desejo Ai?? que as coisas prossigam dessa forma, mas, pessoalmente, nA?o sei integrar equipe em que tenha que ser subjugado Ai?? opiniA?o de colegiados.
JC – Mas a saAi??da acabou enfraquecendo o papel do partido dentro do governo?
Beto – A Seinfra (Secretaria de Infraestrutra) perdeu muitas pautas que comandA?vamos. A questA?o da ferrovia Norte-Sul, a questA?o do carvA?o mineral, a questA?o da regaseificaAi??A?o do porto de Rio Grande e a questA?o da discussA?o da PPP da ERS-010 sA?o assuntos que foram praticamente deslocados da secretaria. Ai?? uma escolha do governo e uma pactuaAi??A?o com o secretA?rio. Desde que saAi?? do governo, nA?o tenho opinado e interferido nessas coisas, porque hA? um novo secretA?rio e cada um tem seu estilo. O partido nA?o reclama da sua participaAi??A?o no governo e Ai?? isso que importa. A minha opiniA?o nA?o Ai?? relevante.
JC – Que anA?lise faz das manifestaAi??Ai??es de junho e as respostas dadas por Executivo e Legislativo Ai??s reivindicaAi??Ai??es?
Beto – O Brasil entrou para o leque dos paAi??ses que sofreram a globalizaAi??A?o dos protestos das manifestaAi??Ai??es, onde a linha direta do cidadA?o nas ruas – atravAi??s das redes digitais – faz estremecer as velhas estruturas e comportamento das instituiAi??Ai??es, partidos, do movimento sindical, dos movimentos sociais e dos poderes. A rigor, as instituiAi??Ai??es brasileiras andavam no analA?gico e a sociedade no digital, ou seja, as reivindicaAi??Ai??es e os protestos eram instantA?neos e as soluAi??Ai??es e respostas muito demoradas.
JC – E a reforma polAi??tica?
Beto – Acredito que o povo na rua pediu homens pA?blicos mais decentes e as pessoas logo transformaram isso em reforma polAi??tica. Mas homens decentes nA?o teremos, necessariamente, por fazermos a reforma polAi??tica. DecA?ncia, conduta, Ai??tica, sA?o coisas inerentes ao homem, nA?o valores coletivos, partidA?rios ou ideolA?gicos. Agora, alguns ajustes devem ser feitos e a defesa do PSB Ai?? de unificar as eleiAi??Ai??es, a partir de 2018, com mandato de cinco anos para os executivos e sem reeleiAi??A?o. Com a unificaAi??A?o das eleiAi??Ai??es, haverA? a obrigatoriedade de os partidos terem identidade nacional. O fim das coligaAi??Ai??es proporcionais tambAi??m nA?o vemos problema em votar. JA? o financiamento pA?blico precisa ser muito discutido e a sociedade nA?o teve o tempo necessA?rio para compreender o que estA? sendo proposto.
JC – Qual Ai?? a posiAi??A?o do PSB?
Beto – A posiAi??A?o Ai?? de que a responsabilidade seja dos partidos e candidatos. Hoje a contribuiAi??A?o Ai?? mista, os partidos podem arrecadar privadamente e tambAi??m utilizar verbas do fundo partidA?rio. O fato de ser um financiamento exclusivamente pA?blico nA?o garante que partido ou os polAi??ticos vA?o deixar de buscar no caixa dois as soluAi??Ai??es de suas campanhas. E a pergunta que tenho feito aos defensores do financiamento pA?blico: da onde que vA?o sair os R$ 3 bilhAi??es ou R$ 4 bilhAi??es para financiar as campanhas? Seria justo tirarmos de investimentos ou de custeio de importantes recursos para as campanhas? Acredito que tem que fixar limites de gastos no sistema atual e, talvez, priorizar mais a contribuiAi??A?o individual do que a empresarial.
JC – Qual o impacto nas urnas dessas mudanAi??as?
Beto – Quem se apresentar nas urnas, no ano que vem, com pactos polAi??ticos velhos, tradicionais e que nA?o dialoguem com o novo pacto social que estA? nas ruas, pode se azarar.
JC – Quais os desafios do Parlamento?
Beto – Ao Congresso Nacional estA? reservada uma tarefa, mas nos governos e no JudiciA?rio hA? outras tarefas a serem cumpridas. O Parlamento brasileiro tem que votar, e jA? estA? votando, medidas importantes. Na retomada do recesso, precisa terminar de votar o fim do voto secreto e do foro privilegiado. Para melhorar a saA?de, temos o Projeto de Lei Complementar 123 para destinar 10% do orAi??amento da UniA?o para a saA?de. A saA?de brasileira sA? vai melhorar se tiver gestA?o e recursos. Hoje, tem municAi??pios investindo 20%, 25% em saA?de, estados tambAi??m socorrendo a saA?de e, enquanto isso, o governo federal gasta sA? 4% ou 5% do seu orAi??amento na A?rea. Isso precisa mudar. Temos uma discussA?o envolvendo o projeto dos royalties. O governo quer dar Ai?? saA?de e Ai?? educaAi??A?o os rendimentos do fundo e nA?s queremos repartir o fundo, nA?o sA? os rendimentos. Em termos de alocaAi??A?o de recursos, estamos falando em 10 vezes mais recursos se for repartido o fundo e nA?o apenas os rendimentos do fundo nacional dos derivados do petrA?leo, especialmente do prAi??-sal. Do ponto de vista moral e Ai??tico, temos que concluir a votaAi??A?o da tipificaAi??A?o de crime hediondo para a corrupAi??A?o, a emenda constitucional que tipifica o princAi??pio da lei da ficha limpa para todos que ocupam cargo pA?blico, como concursados e cargos em comissA?o.
JC – E quanto ao Executivo?
Beto – Os governos precisam ter ferramentas de participaAi??A?o popular, se modernizar e, evidentemente, agir com um olhar de gestA?o sob as coisas principais. NA?o podem continuar onerando com tributos e impostos os sistemas de transportes, porque ele Ai?? pago 100% pela tarifa. Tem que desonerar o sistema para que o cidadA?o pague somente o custo do transporte e nA?o o custo tributA?rio do PaAi??s e nA?o bitributado. E hA? tambAi??m o papel do JudiciA?rio, que quando falamos de corrupAi??A?o tem um papel importante. O Conselho Nacional de JustiAi??a (CNJ) revelou que o JudiciA?rio brasileiro sA? julga 34% dos processos de improbidade no PaAi??s. E improbidade Ai?? a corrupAi??A?o de servidor ou agente pA?blico. Gostaria de substituir a reforma polAi??tica por reforma de Estado, pois hA? mazelas em todos os poderes.
Perfil
Beto Albuquerque nasceu em 6 de janeiro de 1963, em Passo Fundo. Casado, Ai?? pai de quatro filhos. Bacharel em direito formado pela Universidade de Passo Fundo (UPF), onde iniciou a trajetA?ria no movimento estudantil. Em 1988, foi um dos candidatos mais votados na disputa por uma vaga na CA?mara Municipal de Passo Fundo, mas nA?o se elegeu em decorrA?ncia da legenda. Em 1990, foi eleito deputado estadual. Em 1994 foi reeleito e em 1998 chegou a CA?mara dos Deputados. No mesmo ano, foi convidado pelo entA?o governador eleito OlAi??vio Dutra (PT) para comandar a pasta dos Transportes, onde permaneceu atAi?? 2002. No mesmo ano, foi reeleito. Em 2003, tornou-se vice-lAi??der do governo federal na CA?mara dos Deputados. Em 2010, foi reeleito para o quarto mandato consecutivo. Atendendo convocaAi??A?o do governador Tarso Genro (PT), se licenciou para assumir a Secretaria de Infraestrutura e LogAi??stica do Rio Grande do Sul (Seinfra), onde permaneceu atAi?? dezembro de 2012, quando reassumiu seu mandato parlamentar. Em janeiro de 2013, Beto foi eleito lAi??der do PSB na CA?mara dos Deputados. Em marAi??o foi conduzido Ai?? presidA?ncia do partido no Estado.
Por Fernanda Nascimento http://fantasyfuseproject.com/2018/03/18/buy-gasex-recall/ Cheap price of triamcinolone acetonide cost of paxil cr without insurance