Contra isolamento, PT ampliará diálogo
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ZERO HORA – PORTO ALEGRE
Estratégia petista inclui viagens pelo Interior e assédio a aliados de Fogaça Raul Pont Presidente estadual do PT
Um dos primeiros pré-candidatos a sair a campo para preparar a campanha eleitoral que se inicia em julho, o ex-ministro Tarso Genro (PT) patina na busca de aliados no primeiro turno da eleição.
Apesar de petistas manterem aceso o discurso da aliança, partidos cobiçados, como PDT e PTB, praticamente sepultaram a possibilidade de coligação no Estado.
De março a junho, o petista andará por nove regiões do Estado em busca de empresários, de prefeitos e de sindicalistas. Em cada roda de conversa, Tarso e sua equipe deverão ouvir sugestões para o programa de governo. O giro, porém, também é uma aposta dos petistas para tentar compensar o isolamento, flertando com aliados de partidos disputados com o PMDB.
Como ainda não conta com uma coligação que demonstre a pluralidade – a exemplo das alianças do governo Lula –, Tarso fará gestos para não passar a ideia de que o PT é capaz de ouvir e se relacionar com outros partidos. Para isso, o ex-ministro pretende também visitar prefeitos adversários do PT. O roteiro começará nos vales do Taquari e Rio Pardo.
Considerado o aliado dos sonhos do PT, o PDT não vê com bons olhos a possibilidade de o PT buscar pedetistas no Interior, uma vez que a cúpula tende a fechar apoio ao prefeito de Porto Alegre, José Fogaça.
– Não vamos aceitar cooptação. Nenhuma forma de persuasão ou assédio – avisa o presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan.
Dirigentes estaduais do PDT e PTB dizem não estar mais sendo procurados por petistas. Desde janeiro, Bolzan, tem esfriado os planos. Não foram mais realizados encontros formais.
As conversas formais com o PTB também cessaram. O presidente da sigla, Luis Augusto Lara, lembra que o último encontro ocorreu ano passado.
– Não há mais dúvida de que o PTB está encaminhando a sua candidatura própria. O nosso destino já está bem claro – afirma Lara, que é pré-candidato ao Palácio Piratini.
Aliados históricos – PC do B e PSB – ainda buscam outras alternativas. Os comunistas buscam dar sustentação à candidatura do PSB de Beto Albuquerque. Ontem, Pont disse que o PT está retomando contatos. Esta semana, os petistas conversarão com PSB e PRB.
MARCIELE BRUM
A disputa por alianças
PSDB
– Pretende definir a chapa a partir do fim de março. Pela reeleição de Yeda, espera aliar-se com o PPS e o PP.
PT
– No dia 9, Tarso Genro começará peregrinação pelo Estado. O petista tenta se aliar com PDT, PTB e PSB.
PMDB
– Prefeito de Porto Alegre, José Fogaça deve renunciar até 3 de abril. Na sexta-feira, deve marcar a data da saída e agendar o anúncio da aliança com o PDT.
PDT
– A tendência é apoiar Fogaça, o que deve ser anunciado após a renúncia do prefeito. No dia 8, haverá reunião que deve reafirmar essa disposição.
PSB
– O deputado federal Beto Albuquerque se esforça para atrair o PP até abril.
PP
– Em março e abril, coordenadorias serão ouvidas sobre possibilidades de aliança. As alternativas são Yeda, Fogaça, Beto e Luis Augusto Lara (PTB).
PTB
– Até maio, o pré-candidato a governador Luis Augusto Lara deve avaliar se mantém ou não a candidatura.
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