Inquietude e desconforto

Mar 05 2010
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JORNAL DO COMÉRCIO – PORTO ALEGRE

COLUNA ADÃO OLIVEIRA

Na reunião no salão de festas do edifício em que mora Luiz Fernando Záchia, dez deputados que integram a bancada do PMDB na Assembleia levaram ao prefeito José Fogaça, candidato do partido ao governo estadual, a inquietude e o desconforto das bases com relação à sucessão presidencial. Os parlamentares disseram claramente que os eleitores, moradores do Interior, não concordam em votar e trabalhar pela candidatura da ministra Dilma Rousseff. O que os deputados não disseram, mas ouviram das bases, é que o candidato José Fogaça precisa urgentemente visitar as bases, mesmo que para isso tenha que antecipar a sua renúncia. A ideia que um deles me passou é que está faltando “atitude” para Fogaça. O que isso quer dizer? O pessoal do PMDB do Interior quer que Fogaça assuma definitivamente a candidatura e passe a visitar os diretórios municipais para reuniões com os eleitores. Alegam os dirigentes partidários que as bases estão inquietas, devido às movimentações dos candidatos Yeda Crusius, Tarso Genro e Beto Albuquerque em comparação com a inércia do candidato do PMDB. “Estamos atrasados”, disse-me este deputado. A bancada está querendo que Fogaça vá à luta. O prefeito tem dito a interlocutores que é, sim, candidato ao governo do Estado, e que em momento algum esteve indeciso com relação a isso. O prefeito, no entanto, está preocupado com a sua própria sucessão, na prefeitura de Porto Alegre. Ele confia em José Fortunati, seu sucessor, mas está avaliando esta questão sucessória “com precisão cirúrgica”. Diante disso, esperam os deputados que o prefeito renuncie logo o mandato para ficar livre e partir em busca de votos no Interior gaúcho. Com o apoio da bancada peemedebista.

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