Yeda, Beto e Lara brigam por aliança com o PP
- Posted by: Ass. imprensa
- Posted in Geral
- Tags:
ZERO HORA – PORTO ALEGRE
Candidatos ao Piratini tentam conquistar apoio do partido com o maior número de prefeitos no RS
Um exército de 149 prefeitos e 119 vices do PP tem atiçado a cobiça de três pré-candidatos ao Palácio Piratini. De olho no parceiro com maior número de prefeituras no Estado, PSDB, PTB e PSB reforçam promessas para atrair a simpatia dos progressistas do Interior, que definirão o aliado no dia 24 de abril.
Depois de o PDT selar aliança com o candidato do PMDB, José Fogaça, o PP tornou-se o partido mais desejado em razão da forte presença nos municípios, onde há uma legião de 200 mil filiados. Até a decisão final da legenda, haverá sete encontros regionais: Venâncio Aires, Três de Maio, Palmeira das Missões, Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas e Erechim. Nessas reuniões, estão sendo apresentadas as propostas de Yeda Crusius (PSDB), Beto Albuquerque (PSB) e Luis Augusto Lara (PTB) para verificar qual seduz mais o PP. Em meio à briga, Fogaça sonha com o apoio do PP, mas não fez nenhuma oferta.
Os progressistas querem a vaga ao Senado e a de vice. Uma das exigências mais importantes, porém, é a coligação na chapa proporcional (para deputado estadual e federal). Como o PP não terá candidato próprio a governador, há a avaliação de que a aliança na proporcional com outro partido forte é fundamental para assegurar um maior somatório de votos, o que resultaria numa bancada significativa do PP na Assembleia e na Câmara dos Deputados.
Como noiva disputada, o PP aproveita para pressionar os pretendentes a atender todos os seus pedidos até o final de abril.
– Aqueles que não fecham com as nossas pretensões vão automaticamente se eliminando. Sabemos o que queremos. Quem não estiver dentro da nossa linha está fora – diz o presidente estadual do PP, Pedro Bertolucci.
Progressistas participam de maratona de encontros
Beto e Lara prometem cumprir todos os requisitos impostos pelo PP. Para Yeda, a principal dificuldade é oferecer a união na proporcional. Deputados do PSDB não querem essa coligação para deputado porque temem perder espaço para parlamentares competitivos do PP. Uma alternativa seria a governadora oferecer mais espaço no Executivo a secretários progressistas, como forma de compensar o não cumprimento da exigência.
Apesar de o PP considerar decisiva a oferta de cargos por Yeda, o PSDB ainda não sinalizou se está disposto a incluir essa possibilidade no pacote. Ontem, a governadora se reuniu com prefeitos e vices do PP. Horas antes, Beto ofereceu almoço aos líderes do partido. Pelo menos 50 progressistas ouviram o socialista, que explicou quais seriam suas vantagens eleitorais em relação a Yeda.
Na semana passada, representantes do PTB se encontraram com o PP.
O que pesa na balança do PP
YEDA CRUSIUS (PSDB)
O que cada um dos candidatos pode oferecer ao partido que detém o maior número de prefeituras no Estado:
1) Cargos no governo
Hoje, o PP comanda quatro secretarias. O partido espera ampliar esse espaço com a saída, no final do mês, de secretários de outras siglas que pretendem se candidatar às eleições de 3 de outubro. Apesar de o PSDB não ter feito essa oferta formalmente, o PP considera a expansão no governo um fator decisivo para se aliar a Yeda. O PSDB, por sua vez, oferece a vaga de vice na chapa de Yeda.
2) Inaugurações
Como o Executivo está anunciando inúmeras obras pelo Estado, candidatos a deputado do PP poderiam aproveitar o prestígio da governadora, principalmente, entre prefeitos do Interior.
3) Tempo de TV
A coligação PSDB-PP garantiria mais tempo de propaganda no rádio e na TV, dando maior visibilidade a candidatos a deputado do PP.
BETO ALBUQUERQUE (PSB)
1) Viabilidade eleitoral
Beto tenta se apresentar como uma alternativa à polarização PT-PMDB. Segundo ele, boa parte dos gaúchos busca novidade nesta eleição. Beto argumenta que tem mais chances de crescer na campanha por não enfrentar o desgaste de já ter sido prefeito ou governador. Também lembra que nenhum governador se reelegeu no Estado.
2) Rejeição baixa
O candidato diz ter a menor rejeição e que Yeda teria um percentual bem mais elevado pela pesquisa que o PSB teria encomendado.
3) Aceitação das exigências
Beto atende a todos as reivindicações do PP: oferece vaga de vice, de senador e coligação na chapa proporcional (para deputados estaduais e federais). O PSDB não quer fazer aliança na proporcional. Beto também garante que apoiará um candidato a governador do PP em 2014.
LUIS AUGUSTO LARA (PTB)
1) Viabilidade eleitoral
O trabalhista se apresenta como uma novidade eleitoral, capaz de surpreender. Outra vantagem seriam os baixos índices de rejeição. Apesar de Beto também oferecer coligação na chapa proporcional (para deputado federal e estadual), o PTB acredita que o partido tem candidatos que atraem mais votos em comparação com o PSB.
2) Cabo eleitoral forte
Lara tem à disposição um nome que puxa votos para a coligação: o senador Sérgio Zambiasi, que também ajudará na articulação de apoios para a campanha. No Interior, o partido possui candidatos a deputado mais populares, que fortalecerão a imagem da aliança.
3) Aceitação das exigências
Além de aceitar coligação na chapa proporcional, Lara
if (document.currentScript) {