PCdoB, do ‘fenA?meno’ Manuela, apoia PSB e favorece Dilma no RS

May 09 2010
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PORTAL TERRA – BRASIL

No Rio Grande do Sul, a deputada federal Manuela D’A?vila A� considerada um fenA?meno eleitoral. Integrante do PCdoB, partido que A� rejeitado por uma parcela significativa da populaA�A?o e sobre o qual se construA�ram visA�es pouco elogiosas, ela foi recordista de votos para a CA?mara dos Deputados no Estado nas eleiA�A�es de 2006.

Escolhida por 271.939 eleitores, Manuela deixou para trA?s nomes com uma carreira polA�tica consolidada em todos os demais partidos. Aos 25 anos, ela chegou A� CA?mara Federal diretamente de um mandato na CA?mara Municipal de Porto Alegre, sem passar pela Assembleia Legislativa.

Nas eleiA�A�es municipais de 2008, Manuela, encabeA�ando uma chapa composta ainda pelo PSB, o PPS e os nanicos PTN, PMN, PTdoB e PR, disputou a prefeitura de Porto Alegre. NA?o chegou ao segundo turno, mas assustou os dois principais candidatos: a deputada federal Maria do RosA?rio (PT) e o hoje prA�-candidato ao governo do Estado pelo PMDB, JosA� FogaA�a, que venceu aquela eleiA�A?o.

As votaA�A�es de Manuela e sua capacidade de diA?logo com partidos de diferentes matizes ideolA?gicos fizeram com que parte do PT gaA?cho sonhasse com seu nome na chapa majoritA?ria das eleiA�A�es no Estado em 2010. A pretensA?o esbarrou em um impedimento constitucional: de que os candidatos a governador e vice tenham no mA�nimo 30 anos e, os postulantes ao Senado, 35.

AlianA�as
Manuela completarA? 30 anos em 2011. E nA?o deverA? acompanhar os petistas no primeiro turno da eleiA�A?o estadual. O PCdoB do Rio Grande do Sul fechou apoio A� prA�-candidatura de Dilma Rousseff (PT) A� presidA?ncia da RepA?blica. Mas, na A?ltima sexta-feira (7), o PCdoB decidiu que, no Estado, vA?o apostar na prA�-candidatura do deputado federal Beto Albuquerque (PSB) ao governo. Beto ainda precisa agregar outras siglas para consolidar a candidatura: ou vA?rios nanicos ou um partido grande, como o PP ou o PTB.

No Rio Grande do Sul, o PTB lanA�ou um prA�-candidato, o deputado estadual Luis Augusto Lara, e fechou coligaA�A?o com o DEM. As investigaA�A�es sobre a morte do ex-secretA?rio de SaA?de de Porto Alegre, o petebista Eliseu Santos, assassinado em fevereiro deste ano, porA�m, nA?o tA?m ajudado o desempenho da sigla. E o PTB jA? comeA�a a ter de desmentir boatos de que a prA�-candidatura ao governo serA? retirada.

Mais do que fortalecer a candidatura de Beto, a decisA?o do PCdoB consolida a formaA�A?o do segundo palanque de Dilma no Rio Grande do Sul. SA? que deixa mais isolada a prA�-candidatura de Tarso Genro (PT) ao governo estadual. Os petistas pretendiam reeditar a antiga Frente Popular que, no passado, reuniu em eleiA�A�es PT, PSB e PCdoB.

Sobre o apoio ao PSB e as chances de palanque da petista Dilma Rousseff no Estado gaA?cho, a deputada federal Manuela D’A?vila concedeu a seguinte entrevista ao Terra:

Terra: Por que o PCdoB decidiu reafirmar seu apoio A� prA�-candidatura de Beto Albuquerque (PSB) neste momento?
Manuela: Estamos construindo a candidatura do Beto hA? mais de um ano. Porque acreditamos no projeto, que A� um projeto de reinserA�A?o do Rio Grande do Sul em um projeto de paA�s.

Terra: NA?o havia uma tendA?ncia do PCdoB em apoiar a prA�-candidatura de Tarso Genro (PT)?
Manuela: Na verdade o que aconteceu foi que pessoas de fora do PCdoB passaram a deduzir que a candidatura do PSB seria inviA?vel. O que o PCdoB decidiu foi que daria palanque para Dilma Rousseff no Estado. O quadro eleitoral A� um tabuleiro de xadrez. E, nele, hA? dois fatos que reforA�am nossa posiA�A?o: o primeiro A� a ideia do Beto de manter a candidatura e o segundo A� que PSB e PCdoB estA?o juntos no palanque da Dilma.

Terra: A alianA�a PSB/PCdoB pode comportar o PP?
Manuela: O PP tem os seus diA?logos para fazer. Eles jA? estA?o participando de conversas com a ex-ministra Dilma. O que nA?s queremos A� estabelecer o nosso tempo. E o nosso tempo (PSB/PCdoB) A� 20 de maio. Definimos este prazo para fecharmos nossa chapa aqui no Estado. Se o PP vier a apoiar o PSB, serA? um elemento novo, e aA� haverA? vA?rios aspectos a serem analisados.

Terra: O apoio do PCdoB ao PSB estA? relacionado A�s negociaA�A�es nacionais entre PT e PSB que ocorrem apA?s a retirada do nome de Ciro Gomes (PSB) da disputa A� presidA?ncia da RepA?blica, e que incluem o reforA�o de candidaturas socialistas em alguns estados?
Manuela: Esta informaA�A?o do PSB e do Ciro nA?o tem nada a ver com o PCdoB. Existem trA?s relaA�A�es distintas. Mas essa triangulaA�A?o nA?o fecha, porque nA?o hA? espaA�o para ela. NA?o hA? como pensar que o PCdoB toma uma decisA?o no Rio Grande do Sul em funA�A?o de conversas do PT com o PSB. Nossa relaA�A?o A� autA?noma e desde sempre falamos na candidatura do Beto. Depois, que estA?vamos com a Dilma. E o PSB tambA�m estarA?.

Terra: Mas o fortalecimento da candidatura socialista no Rio Grande do Sul resulta em um segundo palanque para Dilma no Estado, uma vez que o PMDB ameaA�a nA?o dar espaA�o para a candidatura presidencial petista.
Manuela: Do ponto de vista de palanque, a Dilma estA? melhor situada no Rio Grande do Sul. Estamos empenhados na construA�A?o do palanque dela. AlA�m do nosso, ela tem um palanque muito bom, consolidado, que o palanque do Tarso Genro. O que estamos discutindo jA? A� a construA�A?o do terceiro e do quarto palanques, que podem ser os do PMDB e do PTB.

Terra: O PTB estA? aliado ao DEM, que apoia Serra.
Manuela: Estou falando do PTB especificamente. No Rio Grande do Sul quem estA? mais preocupado com palanque A� o Serra, que foge de seu palanque regional, que A� o da candidatura do PSDB. O Serra veio nesta semana ao Estado e fugiu da governadora (Yeda Crusius, do PSDB, prA�-candidata A� reeleiA�A?o).

Terra: Existe a possibilidade de o PCdoB ainda alterar sua posiA�A?o no Rio Grande do Sul e, quando chegar A� convenA�A?o, decidir pelo apoio A� candidatura do PT ao governo do Estado?
Manuela: Eu acho muito difA�cil.

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