Beto sugere código de conduta para divulgação de pesquisas
Oct
07 2003
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Assessoria de Imprensa
Assessoria de Imprensa, 07/10/2003
Beto sugere código de conduta para divulgação de pesquisas
Como vice-presidente nacional do PSB, o deputado Beto Albuquerque foi um dos painelistas do Seminário Meios de Comunicação e Pesquisas Eleitorais, realizado pela RBS e Assembléia Legislativa, na sexta-feira, 3/10. Há uma hipocrisia no debate público sobre pesquisas eleitorais. Quem está na frente sempre considera a pesquisa verdadeira. Os demais a criticam, disse.
Pesquisa não deve ser encarada como uma predição. Ela é apenas o retrato de um momento. Beto propôs que os veículos de comunicação elaborem um código de conduta sobre procedimentos na divulgação de pesquisas, em acordo com institutos, partidos políticos e eleitores. Além disso, poderiam ser organizados comitês de leitores – eleitores – para avaliar a cobertura, sugeriu. A idéia, segundo ele, seria alcançar um padrão que garanta rigor técnico e ético e transparência ao processo de busca de informações e divulgação delas durante uma campanha eleitoral.
O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados também sustentou a necessidade de que as restrições impostas a jornais, rádios e TVs sobre a divulgação de pesquisas sejam estendidas à propaganda eleitoral dos partidos. Por que ter uma regra de objetividade para um canal de divulgação de pesquisas e não ter para outro, questionou.
O socialista ainda defendeu a necessidade de credenciar institutos de pesquisa, nos três níveis da federação, para evitar o surgimento de institutos de última hora, interessados apenas em interferir no processo eleitoral. Ao concluir, Beto Albuquerque disse que, a cada dia, o país ganha maturidade política e avança em confiabilidade com o seu sistema eletrônico de votação.
Documento final
No documento final do encontro, as resoluções abrangem não apenas a pesquisa, mas os três atores principais do processo: os institutos, os meios de comunicação e os partidos políticos.
Em relação aos institutos, os observadores questionaram a diferença no grau de acerto entre as pesquisas nacionais e as feitas nas eleições estaduais e municipais e a não- responsabilização dos institutos quando cometem erros grosseiros. Também sugeriram a redução do prazo de cinco dias entre o registro e a publicação de uma pesquisa, com o argumento de que a exigência atual facilita a especulação no mercado financeiro.
Outra proposta que deve ser levada em consideração pela Justiça Eleitoral é a de exigir tratamento idêntico dos partidos e dos meios de comunicação na divulgação de pesquisas. Ninguém discordou da necessidade de impedir que no horário eleitoral sejam distorcidos dados de pesquisas para mostrar apenas os que favorecem ao candidato de um partido.