Audiência pública debate segurança no trânsito
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Assessoria de ImprensaAssessoria de Imprensa, 08/04/2004
Audiência pública debate segurança no trânsito
Penas mais rigorosas, maior investimento público em segurança, fiscalização e campanhas de conscientização, e mais rapidez da Justiça e do Ministério Público no andamento de processos foram algumas das propostas apresentadas pelos participantes da audiência pública que discutiu a violência no trânsito, em Brasília. O debate, promovido na quarta-feira, 7/4, pela Comissão de Viação e Transportes e pela Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, marcou na Câmara dos Deputados a passagem do Dia Mundial da Saúde, cujo tema é segurança no trânsito.
O coordenador da Frente, Beto Albuquerque (PSB-RS), disse que o trânsito mata mais que guerras e homicídios em todo o mundo. Ele citou dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que indicam, em 2002, 1,2 milhão de mortos em acidentes no mundo e, apenas no Brasil, cerca de 30 mil. É preciso humanizar o trânsito e para isso dependemos de conscientização, cumprimento das leis, fiscalização mais eficiente e agilidade da Justiça, afirma.
A audiência pública contou com representantes do Governo, de organizações não-governamentais, associações e parentes de vítimas. Os depoimentos foram marcados pela tristeza e indignação dos familiares de vítimas.
Para a coordenadora da organização não-governamental (ONG) Rodas da Paz, Beth Veloso, as mortes ocorrem não por ausência de leis, mas pela imprudência, irresponsabilidade e até pelo preconceito. Os participantes também discutiram sobre a combinação álcool e direção, que, segundo órgãosde trânsito no Brasil, é responsável por 65% dos acidentes.
Albuquerque citou, como exemplo, o projeto de lei de sua autoria, já aprovado pela Câmara e em tramitação no Senado, que prevê prova testemunhal em caso de acidente com motorista embriagado e aumenta para até seis anos de detenção a pena por homicídio culposo no trânsito. De acordo com a OMS, do total de mortos pela violência no trânsito no mundo, 50% têm entre 15 e 44 anos, o que resulta em alto custo para os sistemas de saúde.