Assessoria de ImprensaAssessoria de Imprensa, 14/12/2004 Vice-líder defende programa para indústria da aviação
No lugar de uma medida provisória que preveja intervenção e liquidação, o governo federal deve criar um programa de reestruturação para a indústria da aviação comercial brasileira. A opinião é do vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), que a defenderá nesta quarta-feira, 15/12, em café-da-manhã com o vice-presidente da República, José Alencar, no Palácio Jaburu.
No começo da tarde, Beto conversou durante 40 minutos com Alencar sobre a situação da indústria da aviação. Ele disse que o papel do governo é o de criar condições para que as empresas se recuperem, com linha de crédito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “É bom que se diga que a responsabilidade pela crise não é do governo, mas das empresas”, insistiu. José Alencar concordou com as considerações do deputado.
O vice-líder disse que o programa deve impor condições às empresas. No caso da Varig, por exemplo, um acordo societário entre companhia e credores que permita agregar novos sócios e investidores. Desse processo, participam o governo e os trabalhadores da Varig, como principais credores. “O importante é mudar o modelo de gestão, atrair investidores nacionais e estrangeiros, garantir a empresa de portas abertas e os empregos”, sustentou o deputado ao vice-presidente. “No momento em que votamos a nova Lei de Falências, sob o conceito da recuperação das empresas, não é razoável partir de uma proposta de intervenção e liquidação no setor aéreo. Isso não resolve o problema de nenhuma das partes.” A Varig tem uma receita líquida de US$ 2 bilhões e 23 mil funcionários, detém 32% de market share doméstico e 84% do internacional.
