Beto faz homenagem ao Sport Club Internacional em Brasília
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Assessoria de ImprensaAssessoria de Imprensa, 05/04/2006
Beto faz homenagem ao Sport Club Internacional em Brasília
O vice-líder do governo, deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) usou a tribuna do plenário da Câmara dos Deputados, ontem (4/4) em Brasília, para homenagear os 97 anos do Sport Club Internacional. Em seu discurso, Beto, que é conselheiro do clube, resgatou a trajetória do time gaúcho e afirmou que o Internacional se identifiou como um clube do povo e um time de massa. "Pelo aniversário do nosso glorioso Internacional, – que defende a liderança de seu grupo na Libertadores contra o Nacional, em Montevidéu -, saúdo toda a diretoria, os membros do conselho deliberativo e a valorosa torcida do Internacional, em nome do presidente Fernando Carvalho", disse Beto.
Veja o discurso na íntegra do deputado Beto Albuquerque na tribuna do plenário da Câmara:
O SR. BETO ALBUQUERQUE (PSB-RS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Sport Club Internacional comemora no dia de hoje 97 anos de história. Pelo aniversário, saúdo toda a diretoria, os membros do conselho deliberativo e a valorosa torcida do Internacional, em nome do presidente Fernando Carvalho. Ao longo desses anos, nosso glorioso Internacional se identificou como um clube do povo, um time de massa, cujo símbolo é o saci-pererê. Para a felicidade de toda a nação colorada estamos disputando a Libertadores da América e o titulo gaúcho com o nosso mais tradicional adversário. Hoje, inclusive, o Inter defende a liderança de seu grupo na Libertadores contra o Nacional, em Montevidéu.
A história do nosso saudoso colorado inicia em um domingo, 4 de abril de 1909. Três jovens comerciantes convocam uma reunião aberta a toda sociedade. Os objetivos de Henrique e José Thomáz Poppe Leão e Luiz Madeira Poppe eram os mesmos: jogar futebol, ou foot-ball como era na época, mas eles não eram aceitos nos outros clubes e decidiram criar seu próprio time.
O nome Sport Club Internacional foi uma referência à Internazionale de Milão, Itália, país de origem dos pais de Poppe e ainda ao Internacional de São Paulo, clube que havia sido campeão. Inter era simpático e agradou a todos, que não fizeram objeções. Todos os jovens que ali estavam também apreciavam o carnaval e se dividiam entre os Venezianos, de cores vermelho e branco e a Sociedade Esmeralda, de cores verde e branco. Os Venezianos eram maioria nesta reunião e assim o vermelho e branco ficou sendo a cor do novo clube, embora os Poppe quisessem ainda acrescentar o preto, em homenagem à bandeira de São Paulo.
Os discursos ouvidos nas reuniões sempre giravam em torno de um princípio muito importante para os Poppe e para aqueles que ali estavam. O Internacional estava sendo criado para brasileiros e estrangeiros, uma clara alusão à política de discriminação dos outros clubes de Porto Alegre. E esta democracia de acesso muito cedo oferecida pelo Internacional é a melhor explicação para o fato de que estudantes e empregados do comércio predominassem como jogadores do time. A cada domingo crescia o núcleo dos que iam apoiá-los contra seus adversários. Nesta primeira fase do Internacional, a importância dos estudantes foi tanta que os campeonatos citadinos vencidos sucessivamente em 1913, 14, 15, 16, 17 foram interrompidos em 18 por força do surto da febre espanhola. As escolas e as faculdades suspenderam as aulas com receio de contágio e o Internacional ficou praticamente sem time.
A partir da década de 20, o Inter abriria a sua sede e daria lugar no seu time aos jogadores que pertenciam às muitas ligas que organizavam competições entre clubes representativos de negros (a famosa Liga da Canela Preta, por exemplo), de funcionários públicos, de funcionários do comércio e de estivadores.
Em 1912 o Inter tem seu primeiro campo exclusivo de jogo, é a Chácara dos Eucaliptos, alugada, e onde o Inter permaneceu até o fim da década de 30. Quando chovia, a Chácara alagava e os jogadores eram obrigados a treinar na Várzea, Parque da Redenção.
No final da década de 20 começa a grande mudança social do clube. O Inter conquista seu primeiro campeonato estadual (1927) e os jogadores já recebiam alguma forma de remuneração para jogar futebol. O time não era mais formado por tios, primos, filhos, e amigos da família. Estavam em campo jogadores das ligas periféricas, gente mais simples, alguns pobres, e negros. Também foi nesta época que se construía a eterna rivalidade do futebol gaúcho.
No primeiro Grenal da história, (1909) o Inter ainda jovem e despreparado enfrenta adultos fortes e experientes, e leva aquela que é sua pior derrota da história. O jogo foi 10 x 0. A partir daía caminhada trazia consigo o desejo da revanche. A primeira grande vitória foi em 1915, 4 x 1, mas em julho de 1916 estava devolvida a humilhação, já na Chácara dos Eucaliptos, o Inter aplica 6 x 1 no adversário tricolor, e o ponta-esquerda Vares é o grande herói, fazendo todos os seis gols colorados.
Daí, Sr. Presidente, seguiu-se uma história de glórias e vitórias, como os três títulos de campeão brasileiro, que orgulham a todos os colorados.
Muito obrigado.