Concepa pede mais prazo para responder proposta alternativa à ponte móvel do Guaíba

May 23 2006
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Assessoria de ImprensaAssessoria de Imprensa, 23/05/2006
Concepa pede mais prazo para responder proposta alternativa à ponte móvel do Guaíba

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) se reuniu ontem com o presidente da Concepa, Odenir Sanches, para cobrar uma posição da empresa sobre a proposta alternativa à ponte móvel do rio Guaíba, apresentada no Comitê de Infra-estrutura da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul) no dia 20 de março. Na ocasião, Beto Albuquerque, ex-secretário dos Transportes, sugeriu a construção de uma nova ponte, com 2.500 metros de extensão, um vão fixo de 40 metros de altura e duas pistas. A obra ligaria a Rua Dona Teodora, na zona norte de Porto Alegre, à BR-116, na direção da região sul do Estado.

A Concepa, que inicialmente havia solicitado um prazo de 60 dias para anunciar a posição da empresa, não conseguiu concluir as simulações e cálculos necessários devido à complexidade técnica da obra. “Por exigências das regras de aviação, o local para a obra física da ponte teria que recuar alguns metros, uma vez que o ponto de entroncamento com a rua Dona Teodora é um corredor aéreo, por tanto, de chegada e saída de aeronaves”, explica. A empresa, segundo o deputado, pediu mais um mês para formular uma proposta definitiva.

Atualmente, a ponte do Guaíba é o principal ponto de estrangulamento para o transporte de cargas e de pessoas no Estado. A cada dia, passam por ela 10,2 milhões de veículos. O prejuízo apenas para o transporte de cargas, com a elevação da ponte, chega a R$ 124 milhões por mês. "O Estado precisa encontrar uma solução urgente para este problema, que ameaça a economia gaúcha e a vida dos habitantes das regiões metropolitana, sul e fronteira oeste do Estado", afirma o deputado.

Segundo Beto, o custo estimado da obra é de R$ 337,5 milhões. Há três alternativas de financiamento: com recursos da Concepa, concessionária responsável pelo trecho, de uma parceria público-privada e investimentos do governo federal. "A primeira opção é a melhor, pois não implicaria em aumento de tarifa e praças de pedágio", avalia.

Boa parte do PIB gaúcho depende desta única via de acesso à Metade Sul do Estado, onde está o super-porto de Rio Grande. "A cada ano, multiplica-se o fluxo de navios pelo rio Guaíba, o que provocou em 2005 uma média de três interrupções diárias do tráfego na BR-116", alerta o ex-secretário. A nova ponte se torna mais necessária diante de obras como a duplicação da BR- 101, a construção da Rodovia do Parque e a ampliação do Pólo Petroquímico, que utiliza o rio Guaíba para transportar sua produção.