Líder do governo critica demora na aprovação da Timemania

Dirigentes dos principais times de futebol do Brasil se reuniram hoje (2/7) em Brasília com líderes partidários da Câmara dos Deputados para sensibilizá-los da importância de a Casa aprovar o projeto de lei que cria a Timemania. O cafá-da-manhã organizado no Hotel Naum teve a presença do ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., do líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS) e do presidente do Clube dos 13, Fábio Koff.

Segundo Albuquerque, o movimento organizado pelos clubes junto aos deputados é fundamental. “A Câmara está devendo para a sociedade. A demora em votar pautas como a Timemania só prejudica o Brasil. Faz um ano e meio que o presidente lançou o projeto", criticou o líder do governo. Ele disse que a Timemania não será a solução para todos os problemas do futebol brasileiro, mas considera indispensável à recuperação dos principais clubes. Albuquerque prometeu empenho de parte da liderança do governo para votar o projeto no começo de setembro.

Orlando Silva Jr. informou que o governo está adiantando o trabalho de regulamentação da lei para facilitar a sua votação. Já votado na Câmara e no Senado, é preciso apreciar apenas seis destaques para enviá-lo à sanção do presidente Lula.

Fábio Koff classificou de "apelo" a iniciativa dos dirigentes dos clubes. "Estamos no limite. Precisamos da aprovação da Timemania, que é uma ferramenta fundamental para que as dívidas dos clubes sejam sanadas”, disse. Estiveram presentes dirigentes de clubes como Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Palmeiras, Atlético Paranaense, Paraná Clube, Grêmio, Internacional, Gama, Juventude, Figueirense, Vitória, Bahia, Goiás e América (MG). Participaram parlamentares de vários partidos políticos e Estados.

Sobre a Timemania

A Timemania será uma loteria como a Megasena que vai utilizar em seus jogos os símbolos dos 80 times participantes do Campeonato Brasileiro nas séries A, B e C, no lugar dos números. A expectativa é de que, com as dívidas tributárias e de FGTS quitadas, os clubes tenham recursos para investir em esporte de base, estrutura de treinamento, contratação e manutenção de jogadores, dentre outros projetos.